Cidadania SaĂșde

GDF recebe mais de 3,4 mil denĂșncias relacionadas Ă  dengue em 2024

Aumento Ă© de 1.247,4% em relação ao mesmo perĂ­odo do ano passado por demandas da dengue; governo disponibiliza o site ParticipaDF e telefones 162 e 199 para denĂșncias

Quando o assunto Ă© o combate Ă  dengue, a população do Distrito Federal (DF) Ă© protagonista tanto para evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença quanto para denunciar eventuais pontos com foco do Aedes aegypti. É com a participação efetiva dos brasilienses que o Governo do Distrito Federal (GDF) traça medidas estratĂ©gicas para diminuir a incidĂȘncia de casos da doença. Entre 1Âș de janeiro e 13 de fevereiro deste ano, a Ouvidoria do DF registrou 3.409 demandas com relação Ă  dengue, um aumento de 1.247,4% em relação ao mesmo perĂ­odo do ano passado.

Entre 1Âș de janeiro e 13 de fevereiro de 2023, a Ouvidoria computou apenas 253 registros sobre o mesmo assunto. De acordo com a vice-governadora do DF, Celina LeĂŁo, o aumento expressivo na participação da população reflete o trabalho de conscientização realizado pelas equipes de governo. “A população do Distrito Federal estĂĄ mais atenta e, como fizemos uma ostensiva campanha de sensibilização, as pessoas jĂĄ sabem identificar potenciais focos da doença. O nosso objetivo Ă© justamente fortalecer essa relação de confiança com a população para agirmos assertivamente onde sĂŁo apontados os problemas”, afirmou Celina.

Por meio das demandas computadas na Ouvidoria, o governo direciona e reforça o trabalho em locais com mais incidĂȘncia de casos, concentrando a fiscalização nesses pontos. Ao registar no canal, o ĂłrgĂŁo recebe imediatamente a solicitação e, nesse instante, começa a contar o prazo legal para que sejam tomadas as providĂȘncias e, o cidadĂŁo, respondido.

“Essa uniĂŁo de forças entre a população e o governo jĂĄ havia se mostrado eficiente na pandemia do coronavĂ­rus. De lĂĄ para cĂĄ, a gente percebeu um grande aumento da participação, nĂŁo sĂł agora, mas em outras demandas. A população pode e deve denunciar o acĂșmulo de lixo e ĂĄgua ou possĂ­veis locais que podem ser foco para o desenvolvimento da larva do mosquito”, esclareceu o controlador-geral do DF, Daniel Lima. “Por isso temos trabalhado na melhoria do sistema de ouvidoria, usando atĂ© mesmo a inteligĂȘncia artificial para agilizar esse processo. Ao registrar na Ouvidoria, todos ganham: o governo e o cidadĂŁo”, concluiu o controlador-geral.

AlĂ©m dos canais oficiais da Ouvidoria, o GDF disponibiliza, desde o dia 18 de janeiro, o telefone 199 para receber, tratar e encaminhar denĂșncias que envolvam focos da dengue nas regiĂ”es do DF. Administrado pela Subsecretaria de Defesa Civil em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), o canal recebe, em mĂ©dia, 59 denĂșncias por dia. Do lançamento do canal atĂ© a Ășltima segunda-feira (12), foram 1.594 denĂșncias registradas.

“O 199 foi criado, inicialmente, para passar informaçÔes sobre a dengue, como localização das tendas e as principais recomendaçÔes de prevenção. Com o passar do tempo, as pessoas começaram a utilizar o canal para denunciar e, a partir daĂ­, começamos a receber e tratar essas demandas tambĂ©m. Agora, a gente faz o direcionamento dessas demandas via processo SEI (Serviço EletrĂŽnico de InformaçÔes) e enviamos para a VigilĂąncia Ambiental”, pontuou a comandante do Grupamento de Proteção Civil do CBMDF, tenente-coronel Lorena Athaydes.

Participe

A demanda, solicitação ou denĂșncia pode ser feita a qualquer hora no ParticipaDF. TambĂ©m Ă© possĂ­vel registrar por meio do telefone 162, gratuitamente, de segunda a sexta-feira, das 7h Ă s 21h, e nos fins de semana e feriados, das 8h Ă s 18h.

AlĂ©m disso, Ă© possĂ­vel fazer a denĂșncia pelo 199. O telefone funciona 24 horas por dia e tambĂ©m atende demandas relacionadas Ă  dengue, como denĂșncias de locais de criadouro do mosquito Aedes aegypti e dĂșvidas sobre atendimento a pessoas sintomĂĄticas.

De acordo com o subsecretĂĄrio de VigilĂąncia Ă  SaĂșde, Fabiano dos Anjos, as demandas registradas pela Ouvidoria sĂŁo recebidas e tratadas pelos agentes de vigilĂąncia: “Temos observado, inclusive, um aumento de demandas maior atĂ© mesmo que o perĂ­odo da pandemia da covid-19. A população estĂĄ mais preocupada, participando e demandando mais. A gente recebe e, quando requer apuração, a nossa equipe se desloca atĂ© o local para providĂȘncias”, detalhou.

Quando as demandas de focos do mosquito sĂŁo de responsabilidade da Secretaria de Proteção da Ordem UrbanĂ­stica (DF Legal), sĂŁo recebidas e tratadas de maneira emergencial. A medida foi publicada no DiĂĄrio Oficial do Distrito Federal (DODF) em 25 de janeiro e segue vigente atĂ© que seja decretado o fim da situação de emergĂȘncia na saĂșde pĂșblica.

 

 

ThaĂ­s Miranda, da AgĂȘncia BrasĂ­lia | Edição: Saulo Moreno