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Agricultores familiares aprendem técnicas de produção de molhos, antepastos e tomate seco

Curso promovido pela Emater-DF contou com produtores rurais das regiões administrativas de Sobradinho, Ceilândia, Gama e Planaltina

O primeiro curso sobre produção de molhos, antepastos e tomate seco da Emater-DF de 2024 para agricultores familiares ocorreu nesta quarta-feira (13). Sob a coordenação do Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional da Emater-DF (Cefor), a capacitação reuniu uma turma composta por 17 participantes das regiões administrativas de Sobradinho, Ceilândia, Gama e Planaltina.

Ministrado pelo extensionista da Emater-DF, Flávio Bonesso, o curso ensinou receitas práticas do molho barbecue de goiabada, molho de hortelã, molho agridoce de pimentão, antepastos de berinjela, de pimentão vermelho e de tomate seco. O objetivo do curso é aproveitar e agregar valor às hortaliças que os agricultores já produzem em suas propriedades, como o tomate, pimentão, folhagens e temperos, entre outros.

Esse é o caso da produtora rural Fátima Krinski, do Núcleo Rural Chapadinha, em Sobradinho. “Eu tenho bastante produtos em casa e, às vezes, a gente perde por não saber aproveitar. Eu já fiz algumas geleias de tomate, mas agora estou aprendendo a fazer o tomate seco. Com certeza vai ter boa saída com meus clientes porque eles já pedem”, disse a produtora.

Com o novo conhecimento, Fátima pretende oferecer degustação de produtos em sua casa, incluindo panificados, molhos, antepastos e tomate seco. “A gente tem sempre que buscar qualificação para trazer novidades e oferecer um produto melhor para o cliente”, afirma Fátima.

A extensionista rural e economista doméstica Cristina Lima, que apoiou o curso ao lado do instrutor Flávio Bonesso, explica que o antepasto é um produto servido em pequenas porções, geralmente, como entrada dos pratos principais nas refeições. Em italiano, o nome antipasto significa literalmente ‘’antes do prato’’. “E é também um produto servido com pequenos pedaços, antes de virar uma pasta. Partindo do princípio que o produtor vai aprender como fazer a cocção, o preparo dos vidros e a usar ervas, sal, azeite e temperos para conservação, ele vai poder adaptar as receitas aqui ensinadas para usar o que ele tem em sua propriedade rural”, explica Cristina Lima.

A produtora rural Marilene Bastos, do núcleo rural Boa Esperança, em Ceilândia, também participou dessa primeira turma do ano com a intenção de aproveitar os alimentos e aumentar a renda da sua propriedade. “Eu produzia quiabo e maracujá mas, depois de um curso na Emater-DF, comecei a fazer panificados. Agora quero fabricar e vender os molhos e antepastos junto com os pães e montar um negócio para mim”, disse Marilene. “Já tenho bastante tempero plantado lá em casa e quero comprar o mínimo possível e produzir os molhos com o que eu tenho”, disse a produtora.

Para ela, mesmo com tanto conteúdo disponível na internet, o curso oferecido pela Emater-DF tem um diferencial. “Mesmo que se tenha muito conhecimento na internet, a gente não tem muita noção de como se faz direitinho. Então, aqui no curso a gente aprende uma base e, aí sim, depois de ter essa prática, a gente pode recorrer à internet para desenvolver nosso perfil”, disse a produtora.

Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno

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