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Casa da Mulher Brasileira de Ceilândia celebra três anos de acolhimento

A unidade realizou mais de 24 mil atendimentos, transformando vidas por meio da capacitação, promoção e enfrentamento à violência

Localizada no coração de Ceilândia, a Casa da Mulher Brasileira (CMB) celebra três anos de dedicação à capacitação, promoção e enfrentamento à violência contra as mulheres do Distrito Federal. Desde a inauguração, em 22 de abril de 2021, o espaço, administrado pela Secretaria da Mulher (SMDF), tem sido um ponto de referência para milhares de mulheres em busca de apoio, oferecendo mais de 24 mil atendimentos ao longo desse período.

Nos últimos três anos, a casa tem sido um refúgio de esperança e apoio para milhares de mulheres de todo o DF que enfrentam situações de violência e vulnerabilidade. O acolhimento é dividido em dois eixos: capacitação e enfrentamento à violência. Uma equipe multidisciplinar dedicada e sensível atende as necessidades das mulheres.

A secretária da mulher, Giselle Ferreira, reforça que os números de atendimentos refletem o impacto significativo que a CMB tem tido na comunidade. “Desde a sua abertura, milhares de mulheres encontraram apoio emocional, orientação jurídica e assistência prática para superar os desafios que enfrentam em suas vidas. Mais do que isso, elas têm recebido a oportunidade de se capacitar profissionalmente, ganhando as ferramentas necessárias para se tornarem independentes e alcançarem seus objetivos”, disse.

Promoção e capacitação

Além de fornecer um ambiente seguro e acolhedor para mulheres em situações de vulnerabilidade e violência, o espaço tem se destacado pelo compromisso em capacitar e promover o empoderamento feminino. Mais de 10 mil atendimentos foram realizados neste eixo desde a abertura. Por meio de uma variedade de programas e iniciativas, como o Empreende Mais Mulher e o Projeto Mão na Massa, a iniciativa tem ajudado mulheres de todas as origens a desenvolver habilidades, adquirir conhecimentos e encontrar oportunidades para um futuro melhor.

Concluindo o curso de recepcionista na CMB, Yanca Silva, 26 anos, destaca que o local é uma chave de esperança para uma porta de oportunidades. “Aqui eu pude de fato me dedicar ao curso, já que o local conta com brinquedoteca para meu filho. Além da capacitação aqui, também posso contar com acompanhamento psicossocial, atendimentos de saúde, exames preventivos e o dia da beleza para levantar nossa autoestima”, completa.

O compromisso do local com a capacitação e promoção das mulheres é evidente em cada aspecto do funcionamento. Desde os cursos de capacitação profissional oferecidos regularmente até as parcerias com instituições locais para fornecer oportunidades de emprego, a casa tem se esforçado para garantir que cada mulher que passa por suas portas tenha as melhores chances possíveis de sucesso.

Enfrentamento à violência

A Casa da Mulher Brasileira de Ceilândia tem desempenhado um papel fundamental na oferta de suporte e orientação para aquelas que buscam uma saída para a violência doméstica. Ao longo do funcionamento, o local já realizou cerca de 14 mil atendimentos no eixo de enfrentamento à violência realizados por uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogos, assistentes sociais e pedagogos, dedicada e sensível às necessidades das mulheres.

Esses acolhimentos representam não apenas números, mas histórias de coragem e resiliência de mulheres que buscaram ajuda para se libertar de relacionamentos abusivos. A subsecretária de enfrentamento à violência, Maíra Castro, reforça que o perfil das mulheres assistidas é diverso. “Cada atendimento é único. Em grande maioria, as mulheres demoram a entender que estão em um ambiente de violência doméstica. E a casa, por meio dos profissionais, tem a capacidade de acolher e proporcionar o apoio que elas precisam”, disse.

Com o auxílio de conversas individuais, grupos de apoio e atividades terapêuticas, as mulheres são encorajadas a reconhecer sua própria força e capacidade de mudança. Além disso, o atendimento inclui assistência jurídica para lidar com processos legais relacionados à violência doméstica, apoio psicológico para lidar com traumas emocionais e orientação sobre como acessar recursos e serviços de apoio externos.

Nesses três anos, a Casa da Mulher Brasileira teve impacto significativo na vida das mulheres da comunidade. Elizabete dos Santos, de 39 anos, que frequenta a casa, pontua que o acolhimento realizado é essencial. “Um espaço como esse, que traz segurança de volta à vida, nos ensina a viver de novo e sermos acolhidas por profissionais que entendem a situação, é algo aliviante”, declara.

 Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

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