Verba para compra de equipamentos complementares acelera conclusão da obra de três centrais
A conclusão das obras do Complexo de Reciclagem do Distrito Federal dá mais um passo nesta semana, uma vez assegurada a emenda parlamentar de R$ 3,8 milhões para compra de equipamentos complementares. Em fase final de construção, o empreendimento vai garantir o beneficiamento de plástico e vidro no local, agregando valor aos produtos gerados.
Trata-se de uma área de 80 mil metros quadrados no Pátio Ferroviário, estrutura próxima à Vila Estrutural. Composta por duas centrais de triagem e reciclagem (CTRs) e uma Central de Comercialização (CC), a obra vai representar a geração de trabalho e renda para 750 catadores e chegar a 2 mil postos indiretamente.
R$ 53 milhões é o valor do contrato para construção do complexo
Em fase final de construção, o complexo resulta de contrato de colaboração firmado entre o GDF e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 53 milhões, com execução da Secretaria de Meio Ambiente (Sema-DF). A obra física é executada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) será responsável por gerir os centros de triagem junto a cooperativas e associações de catadores ligadas à Central das Cooperativas de Materiais Recicláveis do DF (Centcoop), que conta com 27 associados.
O complexo recebeu a visita, nesta segunda-feira (20), do secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho, e da deputada federal Flávia Arruda. Coube à parlamentar a obtenção da emenda individual repassada para a compra de equipamentos complementares do empreendimento.
“Estamos consolidando uma ação que é muito importante e pioneira no Brasil, porque vai se utilizar de equipamentos de primeira geração cujo efeito imediato, além do efeito social, é o de de garantir renda para centenas de famílias”, afirmou Sarney Filho na ocasião.
Aterro sanitário
O secretário também destacou que a obra vai diminuir a pressão sobre o Aterro Sanitário e aumentar sua vida útil. “Quem sabe também, por meio da triagem e reciclagem dos resíduos, a gente possa promover uma cadeia de produção que vai beneficiar todo o DF?”, vislumbrou.
Flávia Arruda, por sua vez, destacou que a obra tem importância fundamental, principalmente, por garantir o sustento para tantas famílias. “É um projeto inovador, de primeiro mundo. Instalado aqui graças à ação da Sema-DF, que traz para Brasília não só a tecnologia de primeiro mundo, como também o primeiro centro de reciclagem com toda essa tecnologia”, elogiou a deputada.
A presidente da Centcoop, Aline Sousa da Silva, acompanhou a visita e disse que a liberação da emenda garante que o centro de reciclagem possa resolver um problema de décadas. “Com os equipamentos, vamos processar o vidro e o plástico, trazendo a possibilidade de transformar os resíduos e devolvê-los à cadeia da reciclagem, alcançando um valor maior pelo quilo dos produtos. A gente vai passar a comercializar o quilo do vidro de R$ 1,50 para R$ 10. O projeto é muito importante para a gente e para Brasília como um todo”, afirmou Aline.
Ela acrescenta que a Centcoop agrega cerca de 1,5 mil catadores e a estimativa é de que haja cerca de 5 mil deles no DF, entre aqueles que são organizados em associações e cooperativas e os que não são. “Todo esse trabalho vai complementar uma cadeia de atividades secundárias que desencadeia na garantia de trabalho e renda para os trabalhadores que estão na área externa”, acrescentou.
Atividades
O Complexo de Reciclagem vai funcionar para a recepção, triagem, classificação, prensagem, armazenamento, beneficiamento e comercialização dos materiais recicláveis advindos da coleta seletiva do DF. Os dois centros de triagem, com a metragem de 2,8 mil metros quadrados cada, serão destinados ao adequado tratamento da parcela seca, maximizando o retorno de resíduos passíveis de reciclagem à cadeia produtiva do DF e do país.
Já a Central de Comercialização receberá o material pré-selecionado para beneficiamento com plástico e vidro.
No local serão processados até 5 mil toneladas de resíduos recicláveis por mês, o que vai reduzir o aterramento e garantir uma destinação adequada dos resíduos. Após a reciclagem, os materiais voltarão ao ciclo produtivo.
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