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Dia das Mães no Hospital de Ceilândia teve como foco saúde mental materna

Em alusão ao Maio Furta-Cor, evento reuniu pacientes para um momento de cuidado e escuta

 

“Saúde mental materna importa.” Com esse lema, o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) promoveu, na última sexta (9), a manhã de acolhimento: cuidando de quem cuida, em alusão ao Maio Furta-Cor, mês de conscientização sobre a saúde mental materna. Realizado na maternidade do hospital, o evento reuniu cerca de 60 mães que estão com seus bebês internados nas Unidades de Neonatologia, de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (UCINCo) e de Cuidados Intensivos Neonatais (Ucin) Canguru.

O objetivo foi proporcionar momentos de bem-estar e refletir sobre os desafios emocionais vividos pelas mulheres no ciclo gravídico-puerperal, que engloba a gestação, o parto e o puerpério.

Há 15 dias internada com o pequeno Lincoln, que nasceu prematuro com 32 semanas, a jovem Maysa Regina Alencar, 21, contou que, ações como essa, impactam positivamente as mães hospitalizadas. “A gente se sente fragilizada, com baixa autoestima, sem apoio. Então ter um momento como esse nos ajuda a lembrar que somos importantes, que merecemos cuidado. Isso melhora o emocional e até o físico. Eu amei!”, afirmou.

Segundo a assistente social do setor, Valéria Mendonça, o evento vai além da comemoração do Dia das Mães. “Esse cuidado emocional é essencial. A maternidade, especialmente no pós-parto, pode ser muito desgastante. São mulheres vivendo dores físicas, desafios emocionais e, muitas vezes, sobrecarga. Precisamos lembrar que saúde mental também é prioridade”, ressaltou.

Para o diretor do HRC, César Renk, a iniciativa é um marco de humanização. “Cuidar das mães é cuidar do futuro. Essa é uma maternidade que cresce a cada dia e esse é só o começo de muitos encontros assim”, disse.

Cuidado integral

A programação foi pensada para atender as mães de forma sensível e diversa. Houve conversa, apresentação musical, oficina de automassagem, espaço de beleza com maquiagem, design de sobrancelhas e tranças, além de auriculoterapia, sorteios e brindes.

Para a psicóloga da Unidade de Neonatologia do HRC, Denise Percilio, o momento vai além da celebração. “É comum a mulher não se permitir o autocuidado nesse período, seja por cansaço, dor ou falta de rede de apoio. Esse evento mostra que elas não estão sozinhas. A saúde mental materna precisa ser visibilizada, especialmente entre mães que já têm outros filhos ou estão vivenciando isso pela primeira vez”, explicou.

Mãe pela quarta vez, Daiane Ferreira, 34, aprovou a iniciativa. “A gente fica muito parada dentro do quarto, isso aqui anima, dá vontade de se cuidar. Adoro essas coisas, já fiz tudo que pude e, se pudesse, ajudava também”, brincou.

A psicóloga e assessora da subsecretaria de Saúde Mental da SES-DF, Carolina Leão, finalizou com um recado inspirador: “A maternidade não é só cor-de-rosa. O Maio Furta-Cor fala disso: da maternidade que muda de cor conforme a luz que recebe. Se a mãe recebe apoio, tudo fica mais leve. Toda saúde mental materna importa”, conclui.

Política pública fortalecida

A ação realizada pelo HRC também vai ao encontro da Lei nº 7.583/2024, que estabelece diretrizes para a Política de Atenção à Saúde Mental Materna no Distrito Federal.

A norma reconhece a importância do bem-estar psíquico da mulher durante o pré-natal, perinatal e puerpério, garantindo atenção especial para que as mães possam lidar com o estresse e viver a maternidade de forma mais participativa, saudável e acolhida.

 

Por Agência Brasília, com informações da Secretaria de Saúde | Edição: Ígor Silveira

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