Como não há sintomas, é importante a detecção precoce da doença para iniciar o tratamento; Secretaria de Saúde realizou 27 mil atendimentos de reumatologia em 2024
O Dia Mundial da Osteoporose, celebrado neste domingo (20), destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce com o objetivo de evitar complicações. A doença afeta cerca de 10 milhões de brasileiros, mas 80% dessas pessoas não sabem que têm a doença. Com uma média de 200 mil mortes anuais relacionadas a fraturas, a condição é silenciosa e só se torna perceptível após uma fratura ou compressão óssea, especialmente em idosos. No Distrito Federal, a Secretaria de Saúde realizou 27 mil atendimentos de reumatologia em 2024.
A osteoporose é caracterizada pela perda progressiva de massa óssea, o que enfraquece os ossos e os torna suscetíveis a fraturas. Embora atinja principalmente os idosos, a doença também pode afetar crianças, adolescentes e jovens adultos.
De acordo com o reumatologista Rodrigo Aires, Referência Técnica Distrital na área, a doença avança sem sintomas, até que uma fratura ou achatamento vertebral ocorra subitamente. “Às vezes, basta um movimento brusco para o osso enfraquecido ceder”.
De acordo com o especialista, aproximadamente 50% das mulheres e 20% dos homens com 50 anos ou mais terão uma fratura osteoporótica ao longo da vida. “O diagnóstico da osteoporose é feito por meio de avaliação clínica, exames de imagens e laboratoriais. Durante a consulta, o especialista identifica o histórico familiar, fraturas anteriores, bem como o uso de medicamentos que possam afetar a saúde dos ossos”. Além disso, exames complementares podem auxiliar no diagnóstico.
Prevenção
A prevenção da osteoporose deve começar na infância. Vários fatores podem influenciar a saúde dos ossos, como questões genéticas, nutricionais, hormonais e estilo de vida. Sem tratamento, a osteoporose pode reduzir drasticamente a qualidade de vida.
“A osteoporose causa dor e limita a mobilidade. Com menos movimento, os ossos descalcificam ainda mais, agravando o problema”, explica o reumatologista da SES. Por isso, Aires destaca a importância da prática de exercícios: “A força exercida pelos músculos sobre os ossos aumenta a densidade mineral óssea. Além disso, a atividade física regular melhora o equilíbrio e a resistência muscular, ajudando a prevenir quedas”.