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Farmacêuticos da rede pública são capacitados em prevenção combinada contra HIV

Curso foca em prescrição, dispensação e monitoramento de usuários indicados às profilaxias

 

Farmacêuticos da rede pública de saúde do Distrito Federal passaram por uma capacitação em métodos combinados de prevenção contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Finalizado nesta quarta-feira (9), o curso teve nove semanas de duração e focou, principalmente, na oferta de profilaxias pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP).

A PrEP consiste na tomada de comprimidos antes da relação sexual, que permite ao organismo se preparar para enfrentar um possível contato com o HIV. Ela é indicada a pessoas em situação de vulnerabilidade ao vírus, em combinação com outros métodos de prevenção. A PEP, por sua vez, é uma medida de prevenção de urgência, que deve ser iniciada em, no máximo, até 72 horas após a exposição ao vírus. Em ambos os casos, o usuário deve ser acompanhado por uma equipe de saúde.

Ao todo 120 profissionais foram selecionados para participar da formação, com prioridade aos lotados em unidades que já dispensam os medicamentos ou nas contempladas pelo plano de expansão do acesso às profilaxias, já colocado em prática pela Secretaria de Saúde (SES-DF). As aulas foram ministradas por convidados e integrantes da própria rede de saúde distrital. Entre os temas tratados estão acolhimento, avaliação da indicação das profilaxias e monitoramento clínico de pacientes, além de abordagens práticas e simulações.

A iniciativa promovida pela Diretoria de Assistência Farmacêutica (Diasf), em parceria com o Laboratório de Estudo e Evidências Farmacêuticas da Universidade de Brasília (UnB), compõe o processo de qualificação contínua dos serviços de farmácia oferecidos na capital federal.

Mais acesso

Em consonância às diretrizes do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Farmácia, a atualização normativa da SES-DF viabilizou ao profissional farmacêutico, no início deste ano, a prescrição das profilaxias no Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, são mais de 60 portas de dispensação de antirretrovirais em todas as sete Regiões de Saúde do DF.

Segundo o integrante da Gerência da Assistência Farmacêutica Especializada (Gafae) Gabriel Okamoto, o cenário beneficia a ampliação e a melhoria do acesso dos usuários às medidas preventivas. “Por conta disso, os profissionais devem estar capacitados para realizar o atendimento em uma estrutura ampla, que envolve o acolhimento e o acompanhamento de pacientes”, explica.

 

Por Agência Brasília, com informações da Secretaria de Saúde | Edição: Vinicius Nader
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