Hfaus é o primeiro hospital público com esse foco e oferece atendimento apenas aos órgãos públicos que trabalham na fiscalização e na captura de animais silvestres
O Instituto Brasília Ambiental divulgou, nesta sexta-feira (12), o balanço dos 60 dias de atendimento do Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre (Hfaus) do Distrito Federal, o primeiro hospital público voltado à fauna silvestre. Segundo a Gerência de Fauna Silvestre (Gefau), foram atendidos, neste período, 142 animais no total, dos quais 87 aves, 44 mamíferos e 11 répteis.
O Hfaus realiza, desde o dia 1° de fevereiro de 2024, recepção, triagem, transporte, atendimento veterinário, acondicionamento, reabilitação e apoio à destinação da fauna silvestre.
O local atende exclusivamente os órgãos públicos que realizam, no DF, o trabalho de fiscalização e a captura de animais silvestres em situação de risco ou encontrados fora do seu habitat natural, a exemplo da Superintendência de Fiscalização, Auditoria e Monitoramento (Sufam) do Instituto Brasília Ambiental, do Batalhão da Polícia Ambiental (BPMA), da Delegacia de Meio Ambiente (Dema/PCDF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Este primeiro período de atividades entre o Brasília Ambiental e os órgãos parceiros de fiscalização foi importante para que o órgão pudesse mensurar quantas e quais seriam as ocorrências com animais silvestres no DF e, consequentemente, convencionar e normatizar os atendimentos.
O diferencial do serviço prestado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) é o funcionamento 24 horas do Hfaus, durante os sete dias da semana, incluindo feriados.
“Estamos diante de um novo modelo de atendimento de excelência e qualidade para a fauna silvestre, sem precedentes no Brasil. O Brasília Ambiental agradece aos órgãos parceiros que nos auxiliam nessa missão, em especial o Ibama e BPMA”, destacou o presidente do Instituto, Rôney Nemer.
O gerente da Gefau do Brasília Ambiental, Rodrigo Santos, explicou que essa parceria segue um modelo de gestão inovador, pautado no Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC).
“O Hfaus está ainda passando por ajustes técnicos, como definição de fluxos de atendimentos de animais, quadro de pessoal, estruturação do local, enfim, se adequando para melhor atender a demanda. Por isso, solicitamos à população que procure o BPMA, caso precise de resgate de um animal silvestre”, completou Santos.
Agência Brasília* | Edição: Débora Cronemberger