Cidadania The Best

Sua ExcelĂȘncia, O Produtor Rural Das Cestas Verdes

GDF movimenta cadeia produtiva por meio de programas de aquisição da produção agrícola que vai parar na mesa de pessoas em situação de vulnerabilidade

JoĂŁo MĂĄximo conta com o apoio de ĂłrgĂŁos com a Emater-DF: “Somos muito assistidos” | Foto: Paulo H. Carvalho / AgĂȘncia BrasĂ­lia

No NĂșcleo Rural Assentamento Betinho, a cerca de 12 quilĂŽmetros do centro de BrazlĂąndia, o produtor rural Joaquim MĂĄximo e sua famĂ­lia produzem morangos que vĂŁo parar nas mesas de instituiçÔes assistenciais e de famĂ­lias em situação de vulnerabilidade e de insegurança alimentar e nutricional. Esse caminho atĂ© os pratos da famĂ­lia sĂł Ă© possĂ­vel graças Ă s polĂ­ticas pĂșblicas de acesso Ă  alimentação desenvolvidas pelo Governo do Distrito Federal e coordenadas pelas secretarias de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) e Desenvolvimento Social (Sedes).

Para entender como se då essa cadeia de beneficiamento é preciso conhecer o perfil de quem planta, bem como o percurso feito pelo alimento até chegar às mesas mais necessitadas. Joaquim Måximo, produtor rural hå décadas, é um bom exemplo.

“Nosso trabalho continuou e conseguimos colher e comercializar por semana, em mĂ©dia, uma tonelada de alimentos” Joaquim MĂĄximo, produtor rural

Aos 38 anos, ele segue os passos de seu pai e produz morango de vårias espécies durante todo o ano. Para Joaquim, participar do Programa de Aquisição Alimentar (PAA), que o beneficia desde 2014, é a garantia de vender o fruto de seu trabalho. O PAA compra exclusivamente de pequenos produtores rurais e familiares, por meio da Seagri-DF, para redistribuir esses alimentos para quem não pode comprå-los.

Frutas de qualidade sĂŁo fruto da rede de estĂ­mulos
agrícolas encabeçada pelo GDF | Foto: Paulo H. Carvalho
/ AgĂȘncia BrasĂ­lia

O agricultor explica como o PAA Ă© importante para produtores familiares como ele – as operaçÔes sĂŁo por meio de venda direta. Sem os atravessadores, que retĂȘm algum dinheiro durante as negociaçÔes, ele consegue agregar valor Ă  mercadoria, com ganho de atĂ© 30% sobre a venda e garantia de escoamento de sua produção. “É muito diferente ser produtor familiar, muitos nĂŁo tĂȘm um mercado para vender. Acaba dependendo do atravessador e perdendo o valor agregado”, relata Joaquim.

“Se o governo não tivesse a iniciativa de comprar a mercadoria desses agricultores, não seria possível a eles darem destino para os produtos. Foi um esforço do governo” Candido Teles, secretário de Agricultura

Devido Ă  pandemia de Covid-19, 2020 virou um ano atĂ­pico, com impactos em todas as ĂĄreas da sociedade, a despeito dos esforços diĂĄrios e ininterruptos do GDF no enfrentamento da crise sanitĂĄria. Joaquim MĂĄximo lembra que sentiu muito medo no inĂ­cio da onda de incertezas deflagrada pelo novo coronavĂ­rus, mas tambĂ©m alĂ­vio ao constatar que os efeitos da crise sanitĂĄria nĂŁo foram tĂŁo devastadores. “Nosso trabalho continuou e conseguimos colher e comercializar por semana, em mĂ©dia, uma tonelada de alimentos”, destaca.

Secretário de Agricultura, Candido Teles reforça a impressão do trabalhador do campo. “Se o governo não tivesse a iniciativa de comprar a mercadoria desses agricultores, não seria possível a eles darem destino para os produtos. Foi um esforço do  governo, por meio de todos os órgãos, que liberou um recurso satisfatório em boa hora”, afirmou.

Joaquim segue os passos do pai e sustenta a famĂ­lia com sua força de trabalho no campo | Foto: Paulo H. Carvalho / AgĂȘncia BrasĂ­lia

Ainda de acordo com o secretĂĄrio, o governo se fez presente e avaliou as possibilidades com a devida antecedĂȘncia. “Fazemos nossa parte sempre para minimizar os impactos e promover melhorias”, finalizou.

Parceria de sucesso

O agricultor Joaquim diz ver como fundamental a integração com o poder pĂșblico e o suporte que recebe da Empresa de AssistĂȘncia TĂ©cnica e ExtensĂŁo Rural (Emater-DF). “Somos muito assistidos. Se eu tiver qualquer dificuldade eles estĂŁo prontos para ajudar. Fazem anĂĄlise da minha terra e me ensinam como melhorar o plantio”, acrescentou.

Presidente da Emater-DF, Denise Fonseca enfatiza que os programas de compras institucionais sĂŁo importantes para manter o equilĂ­brio econĂŽmico das famĂ­lias no campo e a oferta de alimentos a pessoas em situação vulnerĂĄvel. Ela lembra que o Programa de Aquisição da Produção de Agricultura (Papa-DF), mantido com recursos locais, e o PAA, custeado com verba federal, tĂȘm cumprido o papel de beneficiar tanto agricultores como pessoas em vulnerabilidade alimentar.

“Essa polĂ­tica pĂșblica Ă© fundamental. E, neste perĂ­odo de calamidade pĂșblica, tem como objetivo reduzir ainda mais os impactos da crise social e econĂŽmica no campo e na cidade”, explica a dirigente, para quem esse tipo de ação nĂŁo sĂł promove segurança alimentar, mas tambĂ©m impulsiona a economia regional. Fonte:  Rosi AraĂșjo, Da AgĂȘncia BrasĂ­lia