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Parques São Refúgio Em Dias De Restrição

Das 82 unidades de conservação do DF, 25 estão abertas para atividades ao ar livre e contemplação da natureza

Danilo: “volto para o terceiro turno com as energias renovadas” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Eram pouco mais das 17h da terça-feira (2) quando Danilo Avelar, 34 anos, deixava o Parque Olhos D’água, na Asa Norte, para voltar ao trabalho. Servidor durante o dia e professor universitário à noite, ele aproveitou uma pausa nas atividades que voltou a realizar remotamente para correr na pista que fica bem em frente de casa.

A unidade de conservação é umas das 25 administradas pelo Instituto Brasília Ambiental que continuam abertas durante o período de medidas restritivas definido pelo decreto do Governo do Distrito Federal (GDF) para reduzir o contágio do novo coronavírus. Ao todo são 82 em Brasília. Com academias fechadas, os parques têm servido de refúgio dos brasilienses para as práticas esportivas, a contemplação da natureza ou mesmo o a redução do stress durante a pandemia.

“Num período de isolamento em que a gente quase enlouquece trancado em casa, administrando trabalho e filho sem escola, os parques são uma excelente opção. Eu mesmo volto agora para o terceiro turno com as energias recarregadas”, declarou Danilo, que tem aproveitado essa válvula de escape para contornar a situação.

“A recomendação é de que as pessoas usem o banheiro de casa antes de sair, levem suas próprias garrafinhas d’água e desfrutem da natureza das nossas unidades, conscientes do distanciamento e do uso de máscaras”. Rejane Pieratti, superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água do Instituto Brasília Ambiental

O morador da Asa Norte não era o único nessa “fuga”. Sob a sombra das árvores ou no grande gramado no centro do parque, haviam casais com crianças sentadas, um grupo pequeno de rapazes distanciados rebatendo bola e pessoas deitadas em espreguiçadeiras. O uso obrigatório de máscaras de proteção facial era obedecido e não havia sinais de aglomeração durante a permanência da reportagem no local.

Este, inclusive, é o principal propósito dos parques públicos do Distrito Federal: reunir sem aglomerar. É o que garante a superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água do Instituto Brasília Ambiental, Rejane Pieratti. Ela lembra que áreas abertas como essas dificultam a proliferação do vírus e ajudam a manter a sanidade mental e física comprometida pelo isolamento.

Banheiros fechados e bebedouros desativados para reduzir a possibilidade de contágio | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Sem banheiros nem bebedouros

Para contribuir na contenção do contágio, as administrações dos parques adotaram medidas de segurança. Os banheiros agora estão fechados, os bebedouros desativados e os equipamentos de ginástica dos pontos de encontro comunitários (PECs) e parquinhos estão isolados e proibidos de serem utilizados. Atividades coletivas ou que aglomeram grupos também são proibidas.

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“A recomendação é de que as pessoas usem o banheiro de casa antes de sair, levem suas próprias garrafinhas d’água e desfrutem da natureza das nossas unidades, conscientes do distanciamento e do uso de máscaras”, alerta Rejane. Os horários de funcionamento dos parques variam de acordo com cada unidade e é possível conferir no site do Instituto Brasília Ambiental quando abre e fecha cada um deles. Fonte: Hédio Ferreira Júnior, Da Agência Brasília

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