Na noite de ontem (12/05), o Museu de Arte de Brasília (MAB) foi palco da terceira edição do Prêmio Engenho Mulher, que homenageou três mulheres cujas iniciativas sociais têm promovido transformações significativas no Distrito Federal. A cerimônia reconheceu a educadora Gina Vieira, a líder comunitária Joice Marques e a jornalista Rosane Garcia por seus projetos voltados ao empoderamento feminino e à promoção da equidade social.
Gina Vieira e o projeto Mulheres Inspiradoras
Professora da rede pública de ensino, Gina Vieira criou, em 2014, o projeto “Mulheres Inspiradoras”, que busca apresentar às alunas biografias de mulheres notáveis, como Anne Frank, Malala Yousafzai, Cora Coralina e Rosa Parks. A iniciativa visa desconstruir estereótipos de gênero e oferecer novas referências identitárias às jovens. O projeto já alcançou mais de 50 escolas públicas no DF e em Porto Grande (MS), além de ter se tornado disciplina optativa na pós-graduação em Direitos Humanos da Universidade de Brasília (UnB).
Joice Marques e a Casa Akotirene
Líder comunitária em Ceilândia, Joice Marques fundou a Casa Akotirene, um espaço de acolhimento para mulheres vítimas de violência. A casa oferece cursos profissionalizantes em diversas áreas, funcionando como um “quilombo urbano” que valoriza a identidade e cultura negra. Parcerias com instituições como a Fundação Banco do Brasil, Fiocruz e o Instituto Federal de Brasília garantem certificações aos participantes.
Rosane Garcia e a Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua
Jornalista e subeditora de Opinião do Correio Braziliense, Rosane Garcia preside a Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua (AscapBsB), que capacita mulheres em situação de vulnerabilidade para geração de renda própria. As participantes aprendem a confeccionar roupas, bolsas e artigos para o lar, promovendo autonomia financeira e autoestima.
Sobre o Prêmio Engenho Mulher
Idealizado pela jornalista Kátia Cubel e organizado pela Engenho Comunicação, o prêmio foi concebido em 2020, mas teve sua primeira edição realizada em 2023 devido à pandemia. A iniciativa busca reconhecer mulheres que, muitas vezes de forma anônima, impactam positivamente suas comunidades, promovendo equidade de gênero e empreendedorismo social.
A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), presente na cerimônia, destacou a importância de valorizar mulheres negras empreendedoras, reforçando o compromisso com um país livre de preconceitos e discriminações.

Por Thaís Moraes