Antenados Blog Saúde Presença do pai no parto estreita laços com o bebê
Saúde

Presença do pai no parto estreita laços com o bebê

Toda gestante tem o direito a um acompanhante de sua escolha antes, durante e após dar à luz; lei é respeitada na rede pública de saúde do Distrito Federal

 

Num momento tão importante como a hora do parto, o acompanhamento e o apoio à mãe e ao bebê podem transformar por completo a relação familiar. A presença do pai transmite segurança e leva confiança para a parceira. A gerente de Assistência Multidisciplinar e Apoio Diagnóstico (Gamad) do Hospital Regional de Planaltina (HRPl), Maria do Socorro Aguiar, lembra que “a presença do homem ao longo da gestação e durante o parto, estimula a presença do pai ao ver o filho nascer e fortalece o elo familiar”.

Há uma mudança de paradigma em curso, entende Maria do Socorro. “Cada vez mais os homens têm assumido o papel de acompanhante de sua parceira, revertendo a crença de que essa seria uma função apenas feminina”, afirma. A gestora também destaca que o HRPl cumpre a Lei do Acompanhante: “É muito importante a parturiente se sentir segura, amada e confiante, além de contar com uma pessoa de sua escolha durante parto”.

Em comemoração ao Dia dos Pais, celebrado neste domingo (11), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) reuniu depoimentos de quatro pais que acompanharam suas parceiras em todos os estágios da gravidez até a hora do nascimento. Eles narram o que vivenciaram no HRPl e no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), e como essa presença traz benefícios à família inteira. Confira, abaixo.

Allan Stiger Neto, 47, pai de Nalla, ao lado da companheira Gilvânia Barbosa de Jesus, 37

Fotos: Yuri Freitas/Agência Saúde

“É muito bom estar perto, dar a mão, conversar, apoiar. O primeiro choro… Ah! Essa parte é emocionante, gratificante. Estar presente no momento em que ela veio ao mundo foi indescritível. É um turbilhão de sensações, tudo junto e misturado: medo, insegurança, amor, carinho. Se eu não estivesse ali ao lado, acho que teria ficado muito ansioso e preocupado com o bem-estar da minha esposa e da criança. Foi melhor estar próximo. É reconfortante, pois assim que o bebê nasce, já escuta a voz do pai, já sente o carinho e a proteção. E a mulher não se sente sozinha.”

Edvaldo Santos Oliveira, 42, pai dos gêmeos Elisa e Rafael, ao lado da companheira Roselly Gonçalves, 44

“Quem veio primeiro foi a Elisa; depois de uns 40 minutos, o Rafael. Com certeza é algo bem diferente mesmo, porque a gente nunca espera gêmeos. Aí, quando vem a notícia, a gente se emociona bastante. Eu acompanhei a gravidez desde o início até a hora do nascimento. Foi parto normal, e eu estive junto o tempo todo. Acho importante estar presente: é bom e necessário.”

José Lopes de Souza, 26, pai de Ayla

“O parto foi bem rápido, menos de duas horas depois que chegamos. Para mim, foi desesperador ver tudo aquilo acontecendo, porque foi parto normal. Depois do primeiro choro da minha filha, claro, foi só felicidade! A verdade é que, no começo, eu não queria participar, mas a minha companheira insistiu, e, na hora do parto, percebi o quanto era importante para ela se sentir mais segura. Agora, só saio do lado dela por duas/três horas durante o dia, pois moramos em uma fazenda e preciso cuidar de algumas coisas por lá. Enquanto estou fora, minha sogra fica aqui, mas faço questão de passar a noite com elas. Estar presente cria laços. Na hora em que a criança nasce – quando você escuta o primeiro choro –, o nosso vínculo aumenta demais. Vai criando uma paixão pela criança, pela esposa também, porque vocês dois estão cuidando daquela criaturinha que acabou de chegar ao mundo.”

Neptaly Bonilla, venezuelano, 24, pai de Marian Alice, nascida no DF

“Eu estava ao lado da minha mulher na hora do parto; foi cesárea. Esse é um momento único. Quando escutei o choro da minha filha, foi muita alegria em meu coração. Se eu pudesse falar alguma coisa para os outros pais, seria que essa é a coisa mais bonita: o primeiro choro do seu bebê. É uma coisa inexplicável, que nos marca para toda a vida.  Agora minha esposa tem que se recuperar para voltarmos para casa e cuidarmos dessa criança.”

 

Por Agência Brasília, com informações da Secretaria de Saúde | Edição: Carolina Caraballo
Sair da versão mobile