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Primeiro encontro de merendeiros da rede pública do DF reúne 2.600 profissionais

Realizada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, a formação tratou de técnicas de preparo e higiene de alimentos

 

Merendeiros e merendeiras da rede pública de ensino do Distrito Federal aprenderam sobre as principais técnicas de manipulação de alimentos, higiene e segurança alimentar nesta semana. Realizado pela Secretaria de Educação (SEE), em parceria com a Empresa G&E, a primeira edição do Encontro Sabor de Escola reuniu cerca de 2.600 profissionais, nesta segunda (22) e terça-feira (23), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

A programação foi voltada para a capacitação dos profissionais, com a participação de chef convidados e palestras sobre temas como segurança dos alimentos, práticas essenciais de higiene pessoal dos manipuladores, práticas essenciais de higiene ambiental e sobre a manipulação segura de alimentos, além de um stand-up comedy sobre a vida de merendeira com a atriz Adriana Nunes, do grupo Melhores do Mundo.

“Foi uma oportunidade única, me sinto preparado para voltar ao trabalho”, contou o merendeiro Diego Matos, 35 anos, que atua há dois anos no Centro de Ensino Fundamental 405 do Recanto das Emas. “Quando eu comecei na profissão, até me espantei com o tamanho das panelas – são muito grandes mesmo. Mas fui pegando a prática, com ajuda das outras merendeiras, porque sou privilegiado: o único homem na equipe.”

“Quando eu comecei na profissão, até me espantei com o tamanho das panelas – são muito grandes mesmo. Mas fui pegando a prática, com ajuda das outras merendeiras, porque sou privilegiado: o único homem na equipe”, diz o merendeiro Diego Matos

A experiência do encontro formativo ficou ainda mais marcante para Diego depois que foi sorteado para ganhar um brinde – uma jarra de suco de cristal. No palco, ele agradeceu a oportunidade e revelou que escreveu uma canção inspirada na rotina estudantil. “Ei, menor, ninguém vai tirar de você o conhecimento/ Tá um pouco atrasado, mas ainda dá tempo/ Então água gelada no rosto, porque o sol hoje nasceu pra todos/ Que querem vencer/ Acho melhor você correr porque vai bater, vai bater, vai bater o sinal”, diz a letra.

Quem também voltou para casa com novos conhecimentos foi a merendeira Patrícia Denise Santos, 43. Na profissão desde 2012, atualmente ela ocupa a cozinha do Centro de Educação Infantil do Núcleo Bandeirante. “O respeito com o próximo é algo que deve estar presente em toda a nossa vida. Então, nós, merendeiros, temos que ter respeito com o que vai ser consumido por outra pessoa, e aqui aprendi técnicas que vão me ajudar a fazer isso”, conta.

“Faço a comida com tanto carinho, como se estivesse cozinhando para meus filhos”, diz a merendeira Patrícia Denise Santos

Mãe de dois filhos, Patrícia conta que a quantidade de comida feita na cozinha escolar é maior do que a feita em casa, mas, segundo ela, em ambos os espaços, o amor é o ingrediente principal. “Faço a comida com tanto carinho, como se estivesse cozinhando para meus filhos. E eu amo aquelas crianças! É muito satisfatório quando eles elogiam o que a gente faz”, comentou.

Impacto profissional e pessoal

De acordo com a subsecretária de Políticas de Apoio Educacional da SEE, Fernanda Melo, o encontro presencial é uma demonstração do cuidado com os profissionais, responsáveis por transformar ingredientes simples em pratos saborosos e nutritivos. No começo deste ano, a SEE promoveu uma formação online com os merendeiros e merendeiras do DF, antes do início do ano letivo, também para tratar de técnicas de preparo e higiene de alimentos.

Nutricionista e pesquisadora da Unifesp, Cristiane Tavares deu palestra sobre práticas essenciais de higiene pessoal dos manipuladores de alimentos

“Buscamos mostrar técnicas de manipulação e cuidado com o alimento desde a hora do recebimento até o momento de servir para os estudantes, e mostrar que são profissionais de suma importância para a educação do DF. Eles são os tios e tias que colocam amor e carinho na comida de milhares de estudantes o ano inteiro”, afirma a subsecretária.

 

Por Catarina Loiola, da Agência Brasília | Edição: Débora Cronemberger
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