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Rede pública de saúde oferece tratamento para leishmaniose

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Em caso de sintomas, paciente pode procurar a UBS mais perto de casa; para animais contaminados, a Organização Mundial da Saúde recomenda a eutanásia

 

Entre os meses de janeiro e julho deste ano, já foram testados pela Zoonoses 583 cães para leishmaniose visceral, a forma da doença mais preocupante no Distrito Federal, e 80 tiveram resultados positivos. A leishmaniose, uma doença infecciosa não contagiosa, afeta cães e gatos, e também seres humanos e animais silvestres. A doença é transmitida pela picada do mosquito-palha, cujo habitat de reprodução inclui matéria orgânica em decomposição, como troncos, folhas e frutas.

“A leishmaniose visceral pode causar febre persistente, anemia, perda de peso e fraqueza em humanos. Em estágio avançado, pode provocar aumento do fígado e do baço, principalmente em pessoas com o sistema imunológico comprometido. Em cães, os sintomas variam conforme a resposta imunológica do animal e incluem lesões de pele, perda de peso, crescimento anormal das unhas, sangramentos e conjuntivite”, explica a médica veterinária da Zoonoses, Marcelle Farias dos Santos de Oliveira. A veterinária explica que gatos são mais difíceis de serem picados pelo mosquito por conta de seus hábitos de ficar em locais mais altos. Outro tipo da doença é a leishmaniose tegumentar (LT), que não afeta órgãos internos e tem como principal sintoma a úlcera cutânea, que se apresenta como uma ferida na pele.

Oliveira destaca a importância da prevenção: “É fundamental que as pessoas mantenham a limpeza de seus quintais, evitem trilhas e exposição em locais com presença do vetor, especialmente no final da tarde e início da noite, e façam uso de repelentes.” As principais medidas de prevenção e combate à doença incluem o controle dos vetores, limpeza de reservatórios caninos, proteção individual, diagnóstico precoce, tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde.

De janeiro a julho de 2024, a Zoonoses testou 583 cães para leishmaniose visceral, e 80 tiveram resultados positivos | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Tratamento

Humanos com suspeita da doença, que apresentem algum sintoma ou que tenham visitado áreas de risco como matas e cachoeiras devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. A rede de saúde pública do DF oferece tratamento com medicamentos para os dois tipos de leishmaniose e o acompanhamento médico é essencial. A Zoonoses funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

No caso de animais contaminados, o indicado pela Secretaria de Saúde (SES-DF), seguindo recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS), é a eutanásia. “Na Zoonoses, recolhemos o sangue do animal e fazemos o teste. A partir do resultado de exame oficial positivo, oferecemos a opção de eutanásia sem nenhum tipo de custo. No caso da leishmaniose, o melhor tratamento é realmente a prevenção”, orienta Oliveira.

Prevenção das Leishmanioses

  • Evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata;
  • Fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde;
  • Evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata;
  • Utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença;
  • Usar mosquiteiros para dormir;
  • Usar telas protetoras em janelas e portas.

 

Por Agência Brasília, com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal | Edição: Ígor Silveira

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