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Robô que faz dispensação de medicamentos está em fase de testes no Hospital Regional de Santa Maria

Tecnologia pretende otimizar tempo das equipes assistenciais; sistema gasta cerca de 3 a 4 minutos em cada entrega

 

Aliar o uso da tecnologia em prol da otimização do tempo da equipe de assistência e, consequentemente, melhorar o atendimento prestado aos pacientes. Esse é o objetivo do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) ao utilizar o projeto-piloto do robô para dispensação de medicamentos.

Desde o dia 6 de janeiro, o sistema robotizado está em testes no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e tem percorrido quatro dos cinco andares do HRSM, fazendo a entrega de medicamentos. A superintendente de Administração e Logística do IgesDF, Bárbara Santos, destaca que o objetivo é deixar a equipe assistencial mais voltada para a atenção ao paciente, sem que eles necessitem se deslocar para buscar os itens farmacêuticos.

Bárbara Santos: ““Queremos deixar a equipe de enfermeiros, de técnicos, de fisioterapeutas, dando mais atenção ao paciente do que ao serviço mecânico” | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF

“Queremos deixar a equipe de enfermeiros, de técnicos, de fisioterapeutas, dando mais atenção ao paciente do que ao serviço mecânico, que é, por exemplo, buscar um medicamento. Então essa é uma parte do trabalho que eles têm que demanda tempo, cerca de 20 a 30 minutos, e esse tempo poderia estar sendo dedicado ao paciente”, destaca.

Segundo Bárbara, o robô tem conseguido realizar diariamente uma média de 100 a 120 entregas por dia. Em cada saída/rota que ele faz, é possível entregar em até dois andares, totalizando por dia a entrega de até mil itens. “Então, é um quantitativo importante, tem sido importante o volume que ele tem conseguido fazer de entregas. Buscamos a inovação e a melhoria no atendimento aos nossos pacientes e ao apoio às equipes assistenciais. O tempo que o robô gasta varia de quatro a cinco minutos, enquanto um profissional gasta cerca de 20 a 30 minutos”, destaca.

Funcionamento

O robô está mapeado com o sistema de elevadores e consegue se deslocar facilmente, além disso, possui câmeras e sensores para não esbarrar em nada

O robô está com sua base na farmácia localizada no 3º andar do HRSM. Lá, os farmacêuticos recebem as prescrições médicas no sistema e fazem a separação dos medicamentos. Eles colocam os itens dentro do compartimento do robô, que faz a entrega no posto de enfermagem que solicitou a medicação. Cada andar tem uma senha de acesso para que os profissionais abram o compartimento e pegar o medicamento destinado ao setor. O robô está mapeado com o sistema de elevadores e consegue se deslocar facilmente, além disso, possui câmeras e sensores para não esbarrar em nada.

“Quando o robô sai com uma entrega aqui do 3º andar para o 2º andar e para o 4º, ele só vai abrir a gaveta do 2º andar no posto de enfermagem do 2º andar. Ou seja, a pessoa que receber não vai ter acesso a todos os medicamentos se não for do andar dele. Quando ela acessar, ela coloca uma senha para a gente saber como foi a retirada, quem retirou, que horário que foi, para a gente conseguir saber também como foi a entrega dessa rota”, explica a superintendente.

A farmacêutica Thayná Santos, disse que a nova tecnologia está sendo ótima para a otimização do serviço e economia de tempo. “Os técnicos de enfermagem e a equipe multi não precisam mais largar o local de trabalho para buscar os medicamentos, pois o robô faz a dispensação sozinho e é totalmente automatizado. Fica todo mundo alucinado com o robô, porque é novidade, além de ajudar a gente. É um ganho para todos nós”, afirma.

Contratação

O robô ficará no HRSM em fase de testes por três meses e depois disso, o IgesDF irá avaliar os gastos e os ganhos com o uso da nova tecnologia, tendo em vista que ele passou um mês no Hospital de Base.

“Depois das análises iremos ver a possibilidade de contratar o serviço, porque se daqui a alguns anos a tecnologia mudar ou sofrer alguma alteração, tiver um robô novo e mais moderno, teremos o serviço atualizado. Então, a ideia não é comprar o robô, mas contratar o serviço. Caso isso ocorra, queremos implementar a tecnologia oficialmente ainda este ano”, esclarece a superintendente de Administração e Logística do IgesDF, Bárbara Santos.

 

Por Agência Brasília, com informações do IgesDF | Edição: Vinicius Nader

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