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Segurança de pedestres é reforçada com a instalação de gradis nas principais vias do DF

Objetivo das instalações é impedir a travessia inadequada de pessoas em meio aos carros e estimular uso das passarelas

O Governo do Distrito Federal (GDF) investe em medidas para aumentar a segurança de pedestres e motoristas nas vias da capital federal, com a instalação de gradis de metal em pontos estratégicos. O objetivo é desestimular a prática perigosa de atravessar as pistas em meio ao grande fluxo de carros e direcionar os pedestres para as passarelas e pontos seguros de travessia.

Em 2023, foram registrados 111 óbitos nas principais vias do DF, sendo 31 de pedestres. Com 130 km de extensão, a Estrada Parque Contorno (DF-001) lidera as estatísticas de acidente, com sete mortes. Neste ano, até março, nove pedestres perderam a vida nas rodovias que cortam a capital federal.

Para frear as mortes de pedestres no trânsito, o DER está instalando os gradis principalmente sob as passarelas do Sistema Rodoviário do Distrito Federal (SRDF). “Essa instalação de gradis tem uma função social de disciplinar o pedestre”, destaca o engenheiro Mozer Teixeira de Castro.

“O DER trabalha na reforma das passarelas, mas mesmo assim as pessoas ainda optam pela travessia clandestina, correndo pela pista e colocando a vida dele e de terceiros em risco. É uma barreira física para evitar que o pedestre faça essa travessia e para direcioná-lo a usar a passarela”, prossegue o servidor.

Conforme o engenheiro, o local de instalação das estruturas é definido após análise das equipes técnicas do departamento. O projeto também atende às áreas de condicionantes ambientais quando solicitado pelos órgãos competentes. “Temos um contrato com uma empresa especializada no ramo e estamos estudando outros pontos que possam vir a receber os gradis, caso necessário”, acrescenta.

Segurança reforçada

Até o momento, as equipes do DER realizaram a instalação de 2,5 mil metros lineares de gradis no Pistão Sul, em frente à Universidade Católica e ao Taguatinga Shopping, onde os trabalhos ainda estão em andamento; na BR-020, próximo ao Posto Itiquira; DF-005, na altura do Varjão; e nas regiões administrativas de Planaltina, Itapoã e Candangolândia. O investimento ultrapassa R$ 3,6 milhões.

Outra via que também recebe o reforço dos dispositivos é a Estrada Parque Guará (EPGU), na altura da passarela que dá acesso ao Zoológico de Brasília. No local, são instalados 190 metros de gradis, com 6 a 8 centímetros de largura e feitos em chapas metálicas de 1,5 milímetros de espessura.

Raphael Camargo, de 30 anos, é supervisor de manejo de fauna do Zoo. Ele conta que a instalação dos gradis se faz necessária para evitar a travessia clandestina de pedestres. “Muitas pessoas, realmente, atravessam a via sem utilizar a passarela. Se tem passarela, o pessoal não usa. Se não tem, reclamam que não tem. É bem complicado”, diz.

Para ele, o cenário é ainda mais preocupante durante horários de pico. “Por volta das 17h, várias pessoas começam a atravessar a pista. Precisamos que haja educação entre as pessoas para que utilizem a passarela. É a forma segura de se chegar ao outro lado”, continua.

A diarista Gilmara Aparecida, 39, concorda com a fala de Raphael. Ela usa diariamente a passarela da Candangolândia e critica a imprudência dos pedestres: “Muita gente arrisca a vida para economizar tempo”. “Eu cheguei a ver mães tentando atravessar por aqui com crianças. A passarela está aqui para ser usada”, defende.

Por Victor Fuzeira, da Agência Brasília | Edição: Débora Cronemberger

 

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