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Serviço de fisioterapia do HBDF atende mais de 1,8 mil pessoas por mês

Foram 15.076 atendimentos até agosto, beneficiando pacientes de ortopedia, de oncologia e do serviço vascular

 

Lesões físicas podem comprometer seriamente o funcionamento de órgãos e sistemas, impactando no bem-estar dos indivíduos. A fisioterapia, ou reabilitação, surge como uma solução eficaz, promovendo a recuperação das habilidades motoras e aliviando dor e desconforto. Isso permite que os pacientes tenham um dia a dia mais ativo, conquistando mais independência e autonomia nas suas atividades cotidianas.

Os programas de reabilitação são fundamentados em avaliações quantitativas e qualitativas, garantindo um acompanhamento adequado entre profissionais, pacientes e seus familiares. Segundo Agda Ultra, chefe do serviço de fisioterapia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), o paciente deve ser o protagonista de sua reabilitação. “O fisioterapeuta oferece as ferramentas e técnicas necessárias para alinhar expectativas e fortalecer o vínculo terapêutico, colocando o usuário no centro do cuidado”, diz Agda.

No Hospital de Base, a reabilitação integra tecnologia, ciência e conscientização, capacitando os pacientes a compreenderem suas condições e adotarem hábitos saudáveis. Isso não apenas facilita a reintegração social, essencial para a saúde mental e emocional, mas também assegura que todos os pacientes, independentemente de suas condições financeiras, tenham acesso a cuidados essenciais. A reabilitação física, portanto, é um componente fundamental do atendimento em saúde pública, promovendo tanto a recuperação física quanto o bem-estar social e emocional.

O Serviço de Fisioterapia do Hospital de Base atendeu uma média de 1.884 pacientes por mês em 2024, totalizando 15.076 atendimentos até agosto. Os pacientes são encaminhados por médicos e devem estar sob acompanhamento de um especialista, garantindo tratamento adequado.

A chefe do Serviço de Fisioterapia do HBDF, Agda Ultra, explicou que, ao avaliá-lo, a equipe identificou fraqueza na musculatura diafragmática, apesar da comunicação nervosa estar intacta. Essa descoberta foi fundamental para desenvolver um plano de tratamento.

O tratamento incluiu neuroestimulação e treinamento muscular inspiratório com aparelhos específicos. O fisioterapeuta Paulo Eugênio realizou uma avaliação da espessura do diafragma, constatando redução em sua movimentação. “Iniciamos a estimulação elétrica neuromuscular para ressincronizar o drive ventilatório devido à dissociação neuroventilatória. Com isso, reativamos a musculatura do diafragma”, diz Paulo.

A equipe também usou técnicas para restaurar a força e melhorar a capacidade respiratória de Sebastião. A fisioterapeuta Reyslane Magalhães destacou que os exercícios incluíram atividades aeróbicas em esteira ou bicicleta ergométrica, além de fortalecimento com caneleiras, pesos e faixas elásticas. Após algumas semanas, Sebastião voltou a dormir normalmente, uma de suas principais queixas. “Era um alívio poder deitar e dormir tranquilo de novo. Antes, eu tinha que dormir encostado na parede”, conta.

Com a melhora, ele retomou atividades cotidianas, como amarrar o próprio cadarço e voltar ao trabalho, destacando a importância da reabilitação. Essa recuperação também impactou positivamente sua família. “Minha esposa sofreu tanto quanto eu. Ver a angústia dela me machucava. Agora, ver ela sorrindo de novo é uma das minhas maiores alegrias”, completa Sebastião.

 

Por Agência Brasília, com informações do IgesDF | Edição: Débora Cronemberger
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