Instrução promove recuperação da intensidade emocional e fortalece cuidado cotidiano com a saúde mental
O curso Comunicação Não Violenta, promovido pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) e ministrado pelo Instituto de Comunicação Não Violenta do Brasil (CNV Brasil), foi finalizado na sexta-feira (11). Cinquenta servidores participaram da capacitação, entre policiais militares e civis, bombeiros, policiais penais e agentes de trânsito.
Com foco nas ações cotidianas no contexto da segurança pública, o curso teve como objetivo apresentar conceitos e recursos da Comunicação Não Violenta (CNV), que promovem autoconexão e ensinam caminhos para se recuperar da intensidade emocional, e fortalecer o cuidado cotidiano com a saúde mental.
“Seguiremos desenvolvendo programas que promovam a manutenção da saúde de nossos servidores. O Programa DF Mais Seguro – Segurança Integral, com o eixo Servidor Mais Seguro, procura exatamente levar em consideração o profissional como um todo, não só em seu local de trabalho, mas na entrega de ferramentas que possam o auxiliar no desenvolvimento de habilidades psíquicas e emocionais. A qualidade de vida no trabalho, o aperfeiçoamento das habilidades e atenção à saúde dos profissionais da Segurança Pública serão capazes de fomentar o bem-estar físico e mental, com impactos no serviço prestado à sociedade”, declarou Sandro Avelar, secretário de Segurança Pública do DF.
A CNV é uma técnica de comunicação que busca promover diálogos mais empáticos e eficazes, visando a conexão e a compreensão entre as pessoas. Ela propõe que, em vez de reagir de forma impulsiva ou agressiva, os indivíduos observem seus sentimentos e necessidades, assim como os dos outros, para expressarem-se de maneira clara e compassiva. A CNV se baseia em quatro componentes principais: observação, sentimentos, necessidades e pedidos, encorajando a escuta ativa e o respeito mútuo, e evitando julgamentos, acusações ou atitudes defensivas.
Segundo o participante Raul Sousa, que atua no Centro de Assistência Psicológica e Social da Polícia Militar (Capes PM), o conteúdo entrega ferramentas de efetividade aos servidores, que podem ser utilizadas tanto no dia a dia da vida particular quanto na vida profissional.
“Esse curso facilita a comunicação, que é a base de todas as relações. Todo o conteúdo alterou minha visão do que de fato é se comunicar, características que aprendemos ao longo da vida e que não são tão eficientes. Eu tinha uma visão sobre a comunicação não violenta, achando que era ser bonzinho com outros, quando na verdade o foco é a conexão, utilizando ferramentas estratégicas que possibilitam a avaliação da linguagem verbal e não verbal do interlocutor, objetivando nossa resposta, quando necessária. Ou seja, a conexão é objetiva e efetiva, instantaneamente”, frisou.
A iniciativa também leva em consideração a Câmara Técnica Integrada de Prevenção ao Assédio nos órgãos da Segurança Pública do Distrito Federal, que tem como objetivo definir prioridades, estratégias e planos de ações conjuntas com vistas à capacitação dos gestores para identificar e tratar os casos de assédio. As aulas foram iniciadas no dia 7, com carga horária de 20h/aula.
Por Agência Brasília, com informações da SSP-DF | Edição: Débora Cronemberger