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Testes da Caesb comprovam a qualidade da água do Lago Paranoá

Dos sete locais pesquisados, seis apresentam boas condições de balneabilidade

A qualidade da água do Lago Paranoá foi atestada por testes realizados pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). As amostras foram coletadas entre 3 e 7 de junho, durante a Semana do Meio Ambiente. Os resultados apresentados na terça-feira (11) confirmam que seis das sete áreas coletadas estão em plenas condições de balneabilidade.

Os sete pontos de coleta foram: Parque de Lazer Norte, Deck Norte, Estação Experimental da UnB, Estação Tratamento de Esgotos Norte (ETE Norte), Enseada da ETE Norte, Associação dos Servidores da UnB e Minas Tênis Clube. Apenas a área da ETE Norte não apresentava condições de balneabilidade.

Nos outros seis pontos de coleta, a pesquisa apresentou resultado semelhante a testes anteriores, que já apontavam as boas condições de balneabilidade. “A qualidade da água nesses locais é própria para ser usada para nadar, mergulhar e para a prática de atividades esportivas e de lazer”, ressaltou o biólogo Bruno Dias Batista, mestre em planejamento ambiental e coordenador de Análises Biológicas e Limnológicas do Laboratório Central da Caesb.

No caso da região da ETE Norte, o local é uma área de lançamento de esgoto tratado. O esgoto despejado ali, mesmo após tratamento, contém impurezas, que são diluídas natural e gradativamente à medida em que se misturam às águas do Paranoá.

Os parâmetros de balneabilidade são definidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Para a presença da bactéria Escherichia coli, o limite aceitável é de 800 dessas bactérias para 100 mililitros de água. O teste da Caesb apontou que a menor taxa de bactérias foi encontrada na área do Minas Tênis Clube: apenas 3,1 bactérias por 100 mililitros. A maior foi na área da ETE Norte (acima de 2.419), tornando-a imprópria para banho.

Controle de qualidade

A Caesb mantém um programa de balneabilidade, por meio do qual avalia, acompanha e controla a qualidade da água do Paranoá. Semanalmente, 10 locais são avaliados; e mensalmente, 34 pontos são monitorados.

As medições dos níveis de pH são feitas semanalmente e no próprio local da coleta das amostras, realizada por técnicos da Caesb. Já as amostras da quantidade de bactérias (a Escherichia coli) e de algas são enviadas e analisadas no laboratório central da companhia.

O biólogo Bruno Batista ressalta que o laboratório da Caesb é reconhecido em nível internacional e que os processos de análise são avaliados periodicamente pela Coordenação Geral de Acreditação do Instituto Nacional de Metrologia (CGCRE-Inmetro). Além disso, os resultados das análises são submetidos a órgãos de controle e fiscalização, como a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa) e o Instituto Brasília Ambiental.

Na última avaliação, a CGCRE-Inmetro atestou a competência do laboratório central da Caesb para aferir a qualidade tanto da água do Lago Paranoá quanto da que é distribuída pela rede da companhia. As condições de balneabilidade podem ser acompanhadas no Mapa de Balneabilidade, no portal da Caesb.

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader
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