Programa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet) é destinado a estudantes de odontologia que prestam atendimento a famílias carentes
Candidatos convocados para o programa Sorriso Aberto, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet), têm até esta sexta-feira (5) para apresentar os documentos comprobatórios originais e efetivar a inscrição. As aulas do curso começam segunda-feira (8), e os atendimentos serão voltados para os moradores do Itapoã.
O Sorriso Aberto é um projeto em que estudantes de odontologia – a partir do 8º semestre – e recém-formados aprendem sobre a profissão e atendem a população carente. Com carga horária de 246 horas/aula, eles contam com suporte de profissionais da área e prestam serviço a famílias que não têm condições financeiras de pagar uma consulta. Ao final do curso, os participantes acumulam bagagem para exercer a profissão e ainda saem com um certificado fornecido pela Sedet.
Para não ficarem fora, os selecionados para as vagas remanescentes devem comparecer à sede da Associação Positiva de Brasília (Condomínio Del Lago, Quadra 376, Lote 17), no Itapoã, das 9h às 12h e das 13h30 às 17h, até sexta-feira (5) para confirmar a seleção.
As aulas ocorrem nos turnos matutino e vespertino, das 8h às 12h, e das 14h às 18h, período em que cerca de 400 pessoas devem ser atendidas pelos estudantes de odontologia. Mais informações podem ser obtidas neste link.
“Este programa atende públicos bem específicos. O aluno ganha o conhecimento da prática odontológica no dia a dia, além da certificação, cujas horas aulas valem, inclusive, para a grade curricular acadêmica. Já a população mais carente ganha um atendimento que, muitas vezes, está acima de seu orçamento. Com o projeto, [esse atendimento] chega de forma gratuita e imediata”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes.
Presidente da Associação Positiva de Brasília, Gláucia de Oliveira Lima lembra que a entidade funciona há 35 anos e afirma o projeto vai beneficiar uma comunidade de 186 pessoas atendidas em projetos culturais, de educação e de saúde. “Nós temos muitas crianças de 2, 3 anos que estão com cárie e dor de dente. São filhas de mães que não tiveram uma alimentação adequada na gestação, que não têm condições de pagar uma consulta para os filhos e que agora vão ter essa oportunidade”, explica. “Nós temos também idosos que vão ser atendidos, e depois vamos abrir para o restante da comunidade. Esperamos atender cerca de 400 pessoas com o projeto”.
Ela também ressalta a importância do programa para os estudantes de odontologia: “Percebemos que os odontólogos terminam o curso e muitos não conseguem emprego porque não têm experiência profissional. Com esse programa, unimos o útil ao agradável. Eles conseguem um certificado de peso, e a população, que muitas vezes não tem condições, consegue acesso a esse serviço de saúde”.
Ian Ferraz, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader