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Um Espaço Dedicado A Tratar Jovens Com Sofrimento Intenso

Unidades do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil registram aumento de procura durante o isolamento social

“Em meio à pandemia, os cuidados com a saúde precisam ser redobrados”Kelly Cristina Vieira, gerente do Capsi de Taguatinga

O Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) é um serviço público de saúde voltado a crianças e adolescentes que apresentem intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes (até os 17 anos, 11 meses e 29 dias) ou sofrimento psíquico decorrente do uso de substâncias psicoativas (até 15 anos, 11 meses e 29 dias). Funciona de segunda a sexta-feira das 7h às 18h. No Distrito Federal, há unidades do CAPSi no Plano Piloto, em Taguatinga, Sobradinho e Recanto das Emas.

São desenvolvidas diferentes atividades que ajudam os jovens no enfrentamento de problemas
emocionais | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

De acordo com a gerente do CAPSi de Taguatinga, Kelly Cristina Vieira, atualmente são realizados cerca de 1.100 atendimentos ao mês na unidade, entre consultas individuais, em grupo on-line ou com novos acolhidos – essa modalidade tem uma média de 40 novos atendimentos todo mês.

Houve aumento significativo da demanda na unidade de Taguatinga. “Em meio à pandemia, os cuidados com a saúde precisam ser redobrados”, alerta Kelly. “Toda essa situação de pandemia, isolamento social e mudança de rotina pode afetar também a saúde mental das pessoas”.

Sintomas

Entre os principais sintomas que estão fazendo as pessoas procurarem mais esses serviços, destacam-se ansiedade, nervosismo, insegurança, tristeza, luto, perturbação de sono ou insônia e uso abusivo de álcool e/ou outras drogas e outros sentimentos diante do isolamento social e das incertezas. Em crianças e adolescentes, além desses sintomas, também ocorre alteração no apetite e comportamento, agitação psicomotora, medo, baixa tolerância à frustração e dificuldades em relacionamentos interpessoais.

Segundo Kelly, sofrimento psíquico é algo que aflige cada vez mais a população mundial; e, com as crianças e adolescentes, não é diferente. “Os CAPSis são os articuladores estratégicos desta rede e da política de saúde mental no seu território”, resume.

A atuação do centro de atenção psicossocial tem papel importante na sociedade, conclui a gestora: “Cabe aos CAPSis o acolhimento e a atenção às pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais, promover o acompanhamento social, o desenvolvimento da autonomia e da cidadania dos usuários e reintegrando-os à vida social e à convivência familiar”.

Como funciona

O CAPSi possui equipe multidisciplinar composta por terapeutas ocupacionais, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, técnicos de enfermagem, fisioterapeuta, clínico geral, pediatra e psiquiatra.

O atendimento é feito por meio de demanda espontânea ou encaminhamento da Rede de Saúde e Rede Intersetorial (Educação, Assistência social, Justiça). Para o primeiro atendimento, é indicado que o paciente esteja preferencialmente acompanhado de familiar ou responsável legal. Basta levar documentos pessoais e o cartão do SUS – o que não é obrigatório para a população em situação de rua.

*Com informações da Secretaria de Saúde

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