Márcia Ferreira defendeu o ritmo e levou a música brasileira para o mundo
A música e a comunicação estão no sangue dela. O pai radialista abriu o caminho para o mundo do rádio e o talento de Márcia fez o resto. “Meu pai me levava para o estúdio, incentivava a minha vontade de cantar e permitia que eu cantasse em serestas”, relembra.
Em 1976, a família mudou-se para Brasília e o ambiente sisudo da capital recém-povoada fez o sonho dos palcos adormecer. Aqui, Márcia iniciou a carreira como comunicadora. Seu programa na Rádio Nacional da Amazônia, com programação especialmente pensada para a população da Amazônia Legal, rendeu-lhe a fama como a voz da rádio. Todos queriam conhecer a mulher que levava informação e entretenimento aos cantos mais remotos do norte do País. Ela recebeu várias condecorações de estado, no Acre e em Tocantins. Também recebeu homenagens oficiais da cidade de Parintins, no Amazonas.
O escândalo da lambada francesa
O sucesso “Chorando Se Foi” nasceu em uma das suas apresentações na cidade de Tabatinga, no Amazonas, fronteira do Brasil com a Colômbia, em 1985. “Eu e a minha banda ouvimos a canção “Lhorando Se Fue” quando eu estava preparando o repertório do meu terceiro LP. Eu me apaixonei e escrevi a versão no nosso idioma. A produtora queria o forró como estilo para a versão, mas eu insisti na lambada e foi um sucesso”, conta emocionada.
Com lágrimas nos olhos, ela se orgulha da sua trajetória na música e no rádio. “Eu levei cultura para locais esquecidos do Brasil. Sinto-me honrada por ter levado a cultura brasileira para o mundo”.
Atualmente, Márcia faz shows em eventos e ocasiões especiais. A carreira no rádio continua bem, obrigada. Sua voz é distribuída pela Rádio Estúdio Brasil para mais de 400 emissoras de todo o Brasil.
Por Duane dos Reis