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Ciência da felicidade é debatida em congresso com apoio do GDF

Primeira edição introduziu o tema em busca de transformar a cidade na capital da felicidade; em 2025, o congresso vai abordar também aspectos da educação

 

Brasília surgiu como a capital da esperança e agora caminha para se transformar na capital da felicidade. Os passos para mais esse título foram discutidos na primeira edição do Congresso da Felicidade, nesta terça-feira (13), no Museu Nacional da República. Com o tema “Ciência da Felicidade”, a programação inclui palestras de especialistas, exposição fotográfica, vila gastronômica e show. São aguardadas cerca de três mil pessoas nas atividades, que seguem até por volta das 20h.

Ao lado da presidente da Ama Brasília, Cosete Ramos, o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, lembrou: “Só podemos ser felizes construindo um ambiente para que todos também sejam felizes” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

“É uma honra muito grande para Brasília receber esse congresso de um tema tão importante para a vida de todo mundo; afinal de contas, o que a gente busca é ser feliz”, afirmou o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo. “Ser feliz é um direito de todos. Do ponto de vista do GDF, nós cuidamos desse patrimônio da humanidade que é Brasília com muito zelo e carinho, levando à população as políticas públicas de que ela mais necessita: educação, saúde, segurança, social, esporte e cultura. Só podemos ser felizes construindo um ambiente para que todos também sejam felizes.”

O evento foi idealizado pela pioneira Cosete Ramos, presidente da Aliança das Mulheres que Amam Brasília (Ama Brasília), em parceria com o Instituto de Produção Socioeducativo e Cultural Brasileiro (IPCB), com fomento e apoio do Governo do Distrito Federal (GDF). “Esse congresso é a realização de um sonho, o sonho de transformar Brasília na capital da felicidade, seguindo o idealismo do presidente Juscelino Kubitschek”, disse. “Queremos fazer Brasília mais humana, mais aberta, mais receptiva e mais feliz”.

Base científica

Pioneiro, o congresso aborda a felicidade sob o ponto de vista científico, com a participação de especialistas do tema. “O nosso desafio maior é fazer com que as pessoas entendam que não é um congresso motivacional; ele tem uma base científica, com professores doutores e especialistas em psicologia positiva, comportamento humano e ciência de modo geral trazendo esse embasamento teórico para a discussão do tema”, revelou a presidente do IPCB, Luciana Rodrigues.

Ex-ministro da Educação do Butão, Thakur S. Powdyel proferiu palestra e destacou: “Os países mais avançados economicamente nem sempre são os mais felizes, então o conceito do Produto Interno Bruto para avaliar o desenvolvimento é enganoso”

A abertura contou com a palestra de Thakur S. Powdyel, professor doutor e ex-ministro da Educação do Butão, país criador do índice de Felicidade Interna Bruta (FIB). Ele compartilhou a história do surgimento do indicador, que nasceu para medir o progresso e o desenvolvimento do país de forma mais profunda e menos focada em fatores materiais e econômicos, levando em consideração quatro pilares: desenvolvimento socioeconômico equilibrado e com equidade, conservação ambiental, preservação cultural e boa governança.

“Os países mais avançados economicamente nem sempre são os mais felizes, então o conceito do Produto Interno Bruto [PIB] para avaliar o desenvolvimento é enganoso”, ressaltou Powdyel. “Criamos o índice da Felicidade Interna Bruta há quatro décadas e, desde então, estamos tentando entender a profundidade e a complexidade dessa nova medida, porque, no final das contas, o desenvolvimento de uma sociedade vai além da parte material e da economia.”

Reflexão

A professora Eliane Silva participou do encontro: “É sempre bom a gente ter novas possibilidades de estar refletindo para ser mais feliz”

A aposentada Marleneth Feitosa, 69, soube do congresso durante uma pesquisa na internet. “Eu entrei no Google e tinha a notícia do Congresso da Felicidade”, contou. “Estava lá que era gratuito, e eu disse: ‘eu vou’. É um tema que muito me instiga e me torna curiosa. Sou uma pessoa que gosta muito de rir, de ser feliz”. Moradora de Brasília há 40 anos, ela disse crer que a cidade está no caminho certo para ser a capital da felicidade: “Acredito que nós estamos caminhando para isso sim, e precisamos. Brasília é um lugar acolhedor”.

 

Por Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto
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