Divulgada nesta quarta (11), a obra ‘A Natureza das Cores Brasileiras’ foi escrita pela artista e pesquisadora Maibe Maroccolo e conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal
O livro A natureza das cores brasileiras, que combina arte e ciência, será lançado nesta quarta-feira (11), às 18h, no Café Daniel Briand, localizado no Bloco A da CLN 104 (Asa Norte). A publicação conta com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), e leva o conhecimento, a riqueza e a diversidade de 100 espécies tintoriais do Brasil. O lançamento coincide com o Dia Nacional do Cerrado, comemorado também nesta quarta (11).
Escrita pela artista e pesquisadora Maibe Maroccolo, 41 anos, a obra é fruto de mais de uma década de pesquisa e passa por diferentes regiões do Brasil, desde biomas amplamente conhecidos até áreas mais remotas e pouco exploradas. Dividido em três categorias, o livro oferece uma imersão na relação entre as espécies vegetais e suas propriedades pigmentares, por meio de um processo minucioso de extração. Além disso, a obra destaca a importância cultural e medicinal destas plantas, resgatando saberes tradicionais e promovendo a sustentabilidade.
Animada com a divulgação da obra, a autora destaca que é um momento marcante que traz luz para a biodiversidade brasileira e o potencial do país. Ela conta que o interesse pelo assunto veio desde pequena, ao observar as mulheres da família dominarem a arte do tingimento têxtil natural.
“Elas usavam casca de cebola e outros materiais para tingir tecidos. É uma artesania que reúne saberes antigos e ancestrais, trazendo história e resgate cultural, especialmente do interior do Brasil. Sempre me incomodei com a indústria têxtil e esse livro traz a natureza sobre uma nova perspectiva. O Brasil é o país com a maior biodiversidade do planeta; todas as soluções e respostas estão na natureza”, ressalta.
Incentivo à cultura
Maibe reforça a importância do apoio do GDF, que permitiu que o projeto alavancasse. “Nós, como artistas e microempreendedores, temos dificuldade de lançar obras sem um fundo financeiro. O FAC apoia a gente como artista, é um ganho para mim e para a sociedade, porque fomenta projetos de pesquisa onde tem arte, cultura e moda – além de promover a biodiversidade brasileira e a importância do Cerrado”.
De acordo com o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Cláudio Abrantes, a literatura é uma grande precursora da cultura e uma importante difusora da educação. “É um orgulho muito grande para nós dar oportunidades para obras como a de Maibe Maroccolo, que trazem consigo uma bagagem tão rica para a nossa cultura e história. Esses apoios não apenas fortalecem o setor, mas também promovem a inclusão e realçam a riqueza cultural de todo o DF”.
Referência e acessibilidade
A obra funciona como um guia especializado e oferece uma combinação de conhecimento técnico e artístico, apresentando detalhadamente as características e propriedades das espécies tintoriais brasileiras, além de fornecer orientações sobre o uso desses recursos na criação de paletas de cores naturais. O livro é voltado para artistas, designers, pesquisadores, educadores, estudantes de moda, sustentabilidade e botânica – e também amantes da natureza e interessados em práticas artesanais.