Foram feitas intervenções nos três andares de bastidores, onde estão localizadas 12 salas voltadas para abrigar os artistas
Parte especial de um espaço cultural, os camarins da Sala Martins Pena do Teatro Nacional Claudio Santoro foram renovados durante a obra de restauro do equipamento público. As intervenções foram feitas nos três andares dos bastidores, onde estão localizados 12 salas com banheiros voltados para abrigar os artistas que se apresentarão no espaço.
Os serviços foram variados, desde a implantação de elevador para garantir acessibilidade e de uma escada pressurizada para cumprir a exigência da norma de combate a incêndio, até a reforma dos ambientes com recuperação dos portais e das portas, pintura das paredes, reconstrução do teto e instalação de equipamentos de ar-condicionado com climatização individual por sala.
“Fizemos uma adaptação bem importante no sentido de trazer acessibilidade, porque é muito importante hoje para a Secretaria de Cultura e Economia Criativa [Secec-DF] que a pessoa com deficiência não seja apenas um espectador e, sim, uma participação da fruição cultural. Então hoje, na Sala Martins Pena, uma pessoa cadeirante, com baixa mobilidade e com baixa visão vai poder ser o artista no palco e não apenas o espectador”, comenta o subsecretário de Patrimônio Cultural, Felipe Rámon.
As madeiras das portas, as bancadas de pias e os mármores originais foram preservados para manter a originalidade do ambiente, conforme o tombamento. No caso das portas, será aplicada uma resina antichamas para evitar alastramento de fogo em situações de emergência.
Restauro
As obras de restauração do Teatro Nacional Claudio Santoro tiveram início em dezembro de 2022. O GDF, por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), investe R$ 70 milhões na primeira etapa das intervenções, que se concentra na construção do sistema de combate a incêndio, da implementação de acessibilidade e restauro do foyer e da Sala Martins Pena.
O GDF já anunciou que serão investidos R$ 320 milhões na próxima fase da obra. Os projetos das demais etapas incluem a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o anexo.
Por Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader