Autor da Reunião, o deputado Chico Vigilante criticou a qualidade do serviço de transporte prestado à população
A Câmara Legislativa realizou, na manhã desta segunda-feira (29), Reunião Pública para debater acerca do sistema de transporte público coletivo do Distrito Federal. A atividade foi realizada no Plenário da Casa e transmitida pela TV Câmara Distrital e pelo seu canal no YouTube.
O deputado Chico Vigilante (PT) iniciou a reunião expondo o valor do repasse do Governo do Distrito Federal às empresas de transporte público para subsidiar os serviços prestados à população. “De janeiro a outubro de 2021, o GDF passou R$ 837 milhões a título de subsídio”, relatou. Mas, para o parlamentar, mesmo com a quantia destinada para a mobilidade, é grande a insatisfação dos usuários do sistema. “A impressão que temos, ao andarmos pelas ruas, é que esse recurso não está sendo utilizado para melhorar a qualidade”, completou. De acordo com o distrital, nenhuma outra unidade da federação repassa um valor igual ou superior ao que é feito no DF.
Casimiro também esclareceu que o valor mencionado pelo deputado Chico Vigilante se deu pelo fato de que, pela metodologia do contrato firmado com as companhias, a revisão tarifária é feita seguindo uma média de passageiros dos últimos 12 meses e, à medida que a pandemia foi mantida, o déficit também aumentava. “Chegamos a uma proporção de inverter os valores. Antes era de 70% de pagamento com a tarifa usuário e 30% com o subsídio do governo. Hoje, estamos com pouco mais de 70% de subsídio e o restante tarifa usuário”, explicou. De acordo com o secretário, isso ocorreu devido o desiquilíbrio econômico causado no período de pandemia.
Segundo a presidente da Associação das Empresas de Transporte e Mobilidade do DF (DF MOB), Carolina Louzana Petrarca, as companhias também se preocupam com a qualidade, tanto que, por meio da Ouvidoria, recebem as reclamações e buscam melhorar os serviços prestados. “Este foi o objetivo ao assumir os contratos”, declarou. Em relação aos custos, a presidente afirmou que a situação é muito semelhante em todo o país devido à pandemia. “Era e ainda é muito comum encontrar na rua ônibus quase vazios, porque a quantidade de passageiros reduziu 75%”, afirmou.
Sobre a renovação de frota da Viação Marechal, o diretor da empresa, Davi Augusto Olbertz, disse que há “certos impasses” para a aquisição dos 1.200 novos veículos. “Existe um cronograma apresentado pelas montadoras e não é um cronograma que atende o que precisamos para cumprir o PDL e a negociação é para que consigamos cumprir na maior celeridade possível”, afirmou. Davi mencionou a falta de pessoas e o número reduzido no quadro de funcionário das montadoras, que é um fator que também dificulta o cumprimento do prazo estabelecido pelo decreto.
Ao final, Chico Vigilante se mostrou otimista com o resultado que o Distrito Federal pode alcançar, mencionando o BRT como um padrão que pode ser seguido pelas demais empresas. Além disso, o distrital acredita que o DF tem capacidade de um dia ser exemplo para todo o país de lugar que possui um bom sistema de transporte e mobilidade pública. Fonte: Warley Júnior (estagiário) – Agência CLDF