Servidores do sistema socioeducativo participaram de capacitação para inspirar as produções artísticas dos jovens durante o festival
O Espaço Cultural Renato Russo recebeu nesta quarta-feira (21) evento preparatório para o IV Festival de Cultura e Lazer, previsto para outubro. O encontro, organizado pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), capacitou mais de 60 servidores, entre arte-educadores, psicólogos, pedagogos, assistentes sociais e agentes socioeducativos.
A iniciativa teve como objetivo qualificar os profissionais que atuam diretamente com adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, reforçando a importância do festival como ferramenta de ressocialização por meio da arte, cultura e lazer. A capacitação também visa inspirar e orientar as produções artísticas que serão apresentadas pelos socioeducandos durante o evento, potencializando o impacto transformador das atividades culturais no processo socioeducativo.
“A expectativa é que, com esse evento preparatório, a gente consiga que cada unidade do sistema socioeducativo do DF esteja pronta para incentivar a produção dos adolescentes ao longo dos próximos meses, resultando em uma mostra plural e representativa do potencial criativo tanto das equipes quanto dos jovens”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.
Populário brasileiro
Com o tema Populário Brasileiro, o festival deste ano busca expandir o repertório cultural e metodológico das equipes de servidores, propondo uma imersão na diversidade da cultura popular nacional e destacando o poder transformador da arte.

Roberta Albuquerque Ferreira, chefe da Unidade de Gestão de Políticas e Atenção à Saúde de Jovens e Adolescentes da Subsecretaria do Sistema Socioeducativo, enfatizou a importância da formação para impactar as ações junto aos adolescentes: “Nosso objetivo é capacitar os profissionais para que atuem de forma integrada, seja na criação de oficinas de música, teatro ou dança, seja no diálogo sobre identidade cultural e cidadania”, afirmou.
Formação descentralizada e imersiva
Diferentemente das edições anteriores, quando as oficinas e palestras aconteciam poucos dias antes do Festival, a mostra deste ano adota uma proposta descentralizada. Em vez de apenas receber conteúdos em oficinas no próprio Espaço Cultural Renato Russo, os servidores irão vivenciar a cultura nos locais onde ela é produzida.
Ingreth da Silva Adriano, especialista em artes cênicas da Unidade de Internação de Santa Maria, ressaltou o impacto dessa abordagem: “Este ano, vamos realizar as oficinas em diversos territórios culturais do DF. A vivência direta da cultura nos seus próprios espaços é essencial para que possamos inspirar os adolescentes de maneira mais autêntica”, afirmou.
A capacitação será contínua, com visitas técnicas e oficinas conduzidas por fazedores de cultura locais, como Martinha do Coco e Boi do Seu Teodoro. O objetivo é promover a troca de saberes e multiplicar experiências práticas que possam ser aplicadas nos projetos artísticos das unidades. Além das técnicas artísticas, a formação também foca em capacitar os servidores para mobilizar a expressão e o protagonismo juvenil, promovendo o resgate da autoestima e o fortalecimento dos projetos de vida dos jovens em situação de vulnerabilidade.
Por Agência Brasília, com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania | Edição: Vinicius Nader