Saúde

UPA Ceilândia 1 retoma atendimento pediátrico

O serviço foi reinaugurado na unidade em 6 de março com equipe especializada, dois consultórios, cinco leitos e cinco poltronas para medicação. Em pouco mais de uma semana foram realizados mais de 500 atendimentos

Mais uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Distrito Federal retomou o serviço pediátrico. Depois da reabertura nas unidades de São Sebastião e do Recanto das Emas, a ala de pediatria foi reativada na UPA Ceilândia 1, localizada na QNN 27, de Ceilândia Norte, em 6 de março. Uma equipe especializada, com dois pediatras por plantão (diurno e noturno), atua numa área com dois consultórios, sala de triagem, sala de observação, cinco leitos (sendo um de estabilização) e cinco poltronas para inalação e medicação.

Assim como o atendimento na UPA, a ala pediátrica funciona 24 horas nos sete dias da semana para urgências e emergências, como febre alta, queda e sinais de dengue. Além do atendimento ambulatorial, é oferecida a realização de exames laboratoriais e de imagem (raios-x) para fins diagnósticos. Só na primeira semana, foram feitos cerca de 500 atendimentos.

“Desde a entrada do IgesDF na gestão das UPAs que o governador solicitou a reabertura da pediatria nas unidades de pronto-atendimento”, conta a superintendente da Unidade de Atenção Pré-Hospitalar – UPA 24h do IgesDF, Nadja Carvalho. “A reabertura se deve a muitas questões. Temos agora a sazonalidade das doenças respiratórias, principalmente, nas crianças, e a dengue. Reabrir esse serviço traz alívio para a população, para o pai e a mãe que precisam levar o filho a um serviço de atendimento”, completa.

A estrutura física da UPA de Ceilândia não precisou ser modificada para a retomada do serviço. O espaço existia desde a criação da unidade de pronto-atendimento em 2014, mas era usado para o atendimento dos adultos após o fechamento do serviço. Os consultórios e salas especializadas contam com pintura, decoração e mobiliários lúdicos e coloridos. Foram adaptados apenas berços, macas e equipamentos.

Também foi reservado um banheiro exclusivo para crianças dentro da sala da pediatria. Na recepção há ainda um fraldário para atender as necessidades dos bebês e uma brinquedoteca para distrair os pequenos enquanto aguardam o atendimento.

Ampliação do serviço

A retomada do serviço amplia o acesso da população aos atendimentos médicos. “Sabemos que há um grande volume de crianças necessitando de atendimento na região de Ceilândia e o hospital não consegue abranger toda essa população, então com a reabertura da pediatria conseguimos desafogar um pouco essa parte de atendimento de porta”, revela o diretor técnico da unidade, Ricieri Cavalcante.

Cabe à unidade fazer o primeiro atendimento das crianças, com diagnóstico, medicação e observação, e, no caso de necessidade de internação, o paciente é removido para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), responsável pela retaguarda da UPA Ceilândia 1.

A psicóloga Andrêa Caetano, 30 anos, foi até a unidade levar a filha Taynara, 4, para ser atendida durante uma crise asmática. “Os profissionais daqui são muito bons. Eles vão direto ao ponto. Fizeram uma investigação e logo identificaram o que ela estava passando. O fato de termos sido atendidas é um alívio, porque como mãe a gente se desespera”, afirma.

A auxiliar administrativo Rebeca Oliveira, 25 anos, foi até o local para que a filha que estava passando mal pudesse receber um diagnóstico e ser medicada. “Viemos para cá, falei o que ela estava sentindo e o médico imediatamente pediu os exames, constatou que ela estava com as plaquetas baixas e com infecção urinária”, afirma.

Para Rebeca, a reabertura da ala pediátrica é importante por se tratar de mais um espaço de atendimento para as crianças. “Aqui está sendo bem acessível. Às vezes as mães ficam chateadas por alguma demora, mas todos são bem atendidos. Os médicos e os funcionários são carinhosos com as crianças. Realmente ajuda muito, além de estar mais perto de casa”, completa.

Funcionamento da UPA

Serviços ofertados

* Acolhimento com classificação de risco;
* Atendimento clínico de urgência e emergência;
* Exames laboratoriais;
* Exames radiológicos;
* Administração de medicamentos;
* Permanência em observação por até 24h.
* Quando procurar
* Parada cardiorrespiratória
* Dor no peito/dor cardíaca
* Falta de ar/dificuldade para respirar
* Convulsão
* Vômitos ou diarreias que não cessam
* Vômitos com sangue
* Dor abdominal, de moderada a grave
* Dor de cabeça intensa
* Rigidez na nuca
* Queda súbita de pressão
* Elevação de pressão arterial, a partir de 160×100 MMH
* Dor aguda
* Alergia severa (coceira e vermelhidão intensa pelo corpo)
* Envenenamento
* Tentativa de suicídio
* Documentação necessária para atendimento

Observações

* Os pacientes deverão comparecer às UPAs, preferencialmente, portando documentos de identidade e Cartão Nacional de Saúde
* Os casos graves serão atendidos independentemente da documentação
* Os pacientes menores de idade deverão estar acompanhados do responsável, munidos de documentos de identidade
* As crianças que ainda não possuem documentos de identidade poderão levar cópias da Certidão de Nascimento.

Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Igor Silveira