Da vontade de investir em melhoramentos de espaços públicos, nasceu uma parceria entre o GDF e a iniciativa privada
“São melhorias que ficam e beneficiam também a comunidade local, que poderá usufruir de um novo espaço”. Danyel Delmaschio, diretor financeiro-administrativo da Escola das Nações
Afinado com as propostas do Governo do Distrito Federal (GDF), o diretor financeiro-administrativo da Escola das Nações, Danyel Delmaschio, defende: “Não adianta responsabilizar o Estado por todos os problemas que uma cidade enfrenta; nós, como cidadãos, como empresários, temos que ter consciência civil e participar das melhorias do lugar onde vivemos. Tem que haver uma quebra da mentalidade comum de que tudo depende do governo”. Esse pensamento é a essência do programa Adote Uma Praça, criado pelo GDF por meio da Secretaria de Projetos Especiais (Sepe).
O colégio, que fica na QI 21 do Lago Sul, é um dos parceiros do programa e adotou três áreas públicas adjacentes ao prédio para reformar e fazer estacionamentos. “É claro que vamos ser beneficiados com as melhorias que estamos fazendo, mas são benfeitorias que ficam e beneficiam também a comunidade local, que poderá usufruir de um novo espaço”, destacou Dalmaschio.
Segundo o diretor, a escola já tinha a vontade de transformar o local. “Essa é uma das grandes sacadas do Adote Uma Praça – juntar o desejo da iniciativa privada que tem recursos que o Estado não tem, principalmente no momento atual, para aliviar um pouco os gastos públicos”, avalia.
“Essas parcerias são fruto da maneira como o governador trabalha. Ele é um craque quando o assunto é tocar uma gestão com qualidade e rapidez”. Rubens Santoro, administrador do Lago Sul
Com a ajuda da Administração do Lago Sul e da Sepe, a Escola das Nações descobriu o programa e conseguiu seguir adiante com o projeto de reforma. No fim de 2019, a direção adotou os espaços ao redor do colégio e, depois de todas as licenças e do projeto aprovado, a obra começou, há cerca de um mês, com previsão de ser finalizada até o final deste semestre.
Trabalho conjunto
“A Escola das Nações é uma grande parceira nossa”, ressalta o secretário de Projetos Especiais, Roberto Andrade. “O projeto deles, que foi pensado há alguns anos, começou a ser realizado na gestão do governador Ibaneis Rocha. Com o Adote, eles conseguiram tirar do papel e agilizar todo o processo. Esta é uma gestão que toca com rapidez e habilidade as suas propostas e que tem uma visão de vanguarda em relação às parcerias entre o público e o privado. É o resgate da consciência cristã e da consciência cidadã”, afirmou.
O administrador do Lago Sul, Rubens Santoro, endossa a declaração do secretário. “Essas parcerias são fruto da maneira como o governador trabalha”, pontua. “Ele é um craque quando o assunto é tocar uma gestão com qualidade e rapidez. Nessa obra da Escola das Nações, especificamente, nós criamos um grupo de trabalho com todos os órgãos e secretarias envolvidos no processo. Isso ajuda a controlar as etapas do projeto, e assim temos um controle diário do que tem sido feito”.
Também integram esse processo as secretarias DF Legal e de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e a Companhia Energética de Brasília (CEB).
O projeto
A primeira fase da reforma consiste na criação do estacionamento que fica do outro lado da rua em frente à entrada principal da Escola das Nações. No momento, a obra está em processo de pavimentação, com a colocação de bloquetes. As redes de drenagem, que tiveram a sua capacidade dobrada, já foram finalizadas.
A próxima etapa é colocar as bocas de lobo do estacionamento. Também estão sendo feitas calçadas, rampas de acessibilidade, travessias de pedestres e arborização. As outras duas fases são das áreas que ficam ao lado do colégio e que já funcionam como estacionamentos. Serão feitas as redes de captação de águas pluviais, terraplanagem, meios-fios, calçadas, pavimentação e arborização.
Depois que tudo estiver pronto, os três estacionamentos vão contar com 166 vagas para veículos, sendo nove para idosos e quatro para pessoas com deficiência (PcDs), além de 25 vagas para motos e 24 para bicicletas.
Adote Uma Praça
O Lago Sul foi a primeira região administrativa a inaugurar uma reforma pelo Adote Uma Praça. Totalmente transformado, o estacionamento do Hospital Brasília, que antes era uma área de terra, hoje atende a comunidade local e também os pacientes do hospital.
“Nosso papel é ser facilitador, mas tudo dentro da lei. Brasília é um lugar excelente para investir”. Roberto Andrade, secretário de Projetos Especiais
Além da Escola das Nações, a Escola Francesa François Mitterrand também está em processo de adoção de uma área para estacionamento. Há uma proposta de reforma da praça na QI 15, melhorias e manutenção da Praça Renato Russo, na QI 11, além de um projeto para reforma e construção de uma pista de cooper na QI 3, entre outros.
“Nosso papel de administrador é analisar todas as propostas, ver o que pode ser feito pelo programa e dar todo o suporte para que o interessado se sinta seguro em adotar – afinal, ele está investindo dinheiro em uma área que não é dele e em cima da qual ele não vai poder ter lucro”, esclarece o administrador do Lago Sul.
O secretário de Projetos Especiais, por sua vez, lembra que segurança jurídica é muito importante para que os empresários possam continuar participando do Adote Uma Praça. “Nosso papel é ser facilitador, mas tudo dentro da lei”, frisa. “Brasília é um lugar excelente para investir”.
Como participar
Você pode participar do Adote Uma Praça de várias maneiras. Não precisa ser uma obra grande com investimentos altos. Há espaços públicos que precisam ser cuidados, como áreas verdes, praças, canteiros, rotatórias. A cidade pode e deve ser cuidada por todos.
Então, vamos lá. Procure a administração da região onde mora e pegue as informações. Também pode mandar e-mail para sepe.gab@buriti.df.gov.br ou telefonar para 3961-1538.