Política

GDF já entregou mais de 356 mil cestas verdes a beneficiários de programas sociais

Governo investiu mais de R$ 12,3 milhões em cinco anos para garantir o benefício concedido em complemento ao Cartão Prato Cheio e Cesta Emergencial, como forma de garantir o acesso de pessoas em insegurança alimentar a alimentos ricos nutricionalmente

 

Ampliar a segurança alimentar e fortalecer a agricultura familiar. É com essas premissas que o Governo do Distrito Federal (GDF) iniciou, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), a distribuição de cestas verdes, contendo frutas e legumes in natura, para famílias em situação de vulnerabilidade social. O benefício é concedido em complemento aos programas Cartão Prato Cheio e Cesta Emergencial como uma forma de garantir o acesso de quem mais precisa a alimentos com maior teor nutricional.

Desde 2019, o GDF já distribuiu mais de 356,1 mil cestas verdes, representando um investimento acima de R$ 12,3 milhões. Cada unidade tem peso mínimo de 13 kg e contém frutas, verduras e legumes adquiridos pelo Executivo por meio do Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF), vinculado à Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri).

As cestas verdes contêm frutas, verduras e legumes que levam segurança alimentar aos beneficiários e ainda geram renda para pequenos produtores | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Dessa forma, o governo garante o acesso de produtos frescos e saudáveis às pessoas em risco de insegurança alimentar e, de quebra, fortalece a agricultura familiar local, gerando emprego e renda para os pequenos produtores. “É uma relação em que todos ganham”, enfatiza a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedes, Vanderléa Cremonini.

“Todos os meses adquirimos em torno de 10 mil cestas para serem distribuídas às famílias beneficiárias do Cartão Prato Cheio. Isso é importante, pois quando você concede o benefício de R$ 250 para aquisição de alimentos, a pessoa tem a autonomia de escolha e algumas acabam priorizando alimentos industrializados e ultraprocessados, que acabam sendo mais baratos. Dessa forma, com a cesta verde, o governo garante o acesso aos alimentos com maior valor nutricional”, explica a subsecretária.

Todas as cestas distribuídas pelo GDF são entregues na residência dos beneficiários, em data e horário marcados | Foto: Arquivo/Agência Brasília

Atualmente, a Sedes mantém sete contratos ativos por meio do Papa-DF; todos com cooperativas de produtores rurais. “Fizemos dessa forma para atingir o maior número de agricultores em diferentes localidades. Consequentemente, isso nos permitiu distribuir melhor a renda para esses produtores”, detalha a servidora.

Todas as cestas distribuídas pelo GDF são entregues na residência dos beneficiários, em data e horário marcados, por empresas transportadoras parceiras da Sedes. O benefício não é distribuído de maneira unitária e não ocorre mensalmente, mas em uma vez, a qualquer momento durante o período de recebimento das nove parcelas do Cartão Prato Cheio, ou da Cesta Emergencial.

Segurança alimentar

Hoje, 100 mil famílias dependem do Cartão Prato Cheio. Entre elas, está a de Ildaci Jones, de 53 anos. Moradora do Recanto das Emas, ela precisou deixar o emprego para cuidar dos pais. Desempregada e sem o provedor da casa, a mulher se viu em situação de insegurança alimentar. “Perdi meu pai, minha mãe está doente e eu não consigo trabalhar mais, por conta de um problema sério de coluna. Se não fosse a ajuda do governo com o Prato Cheio e a cesta verde, eu não sei o que seria da gente”, conta.

Atualmente, Ildaci mora com a mãe e o sobrinho-neto, de 9 anos. Antes da ajuda do GDF, ela recorria à solidariedade dos familiares. “Só Deus sabe o que passamos, vivemos de caridade. Graças a Deus tive a minha família para me ajudar nesse momento, mas a gente passou dificuldade e muito”, relata. “Esses benefícios que eu recebi me deram um alívio enorme, me deram a certeza de que teria comida dentro de casa”.

Relatos como os de Ildaci ecoam entre os beneficiários dos programas sociais do GDF que tiveram a vida transformada pela concessão de benefícios. Adriana da Silva Gomes, 36, conta que a ajuda chegou no momento de mais necessidade da família. “Tenho duas filhas, uma de 7 anos e outra de 2, meu esposo trabalha fazendo bicos e isso faz a diferença na nossa vida”, diz, acrescentando ter se surpreendido com a qualidade dos alimentos da cesta verde. “Era muita coisa: abóbora, abacate, banana, mandioca, chuchu – tudo enorme e fresquinho”.

Como solicitar

Todo e qualquer benefício social ofertado pelo GDF pode ser solicitado pelo cidadão no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) mais próximo de sua residência. Por meio do Serviço de Atendimento e Proteção Integral às Famílias (Paif), os servidores irão buscar a compreensão dos contextos de vida e interações sociais que envolvem a família do solicitante e, então, implementar as medidas para assegurar um nível básico de proteção.

Além do Paif, o Cras também oferece uma série de outros serviços para pessoas em risco social, como: Cartão Creche; Cartão Material Escolar; Cartão Prato Cheio; Cartão Gás; Benefício de Prestação Continuada; Carteira de Idoso; Cesta de Alimentos Emergencial; e benefícios eventuais (auxílio natalidade, por morte, em situações de vulnerabilidade temporária e em situações de desastre e calamidade pública).

Há, atualmente, 44 unidades do Cras e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) em funcionamento no Distrito Federal. Deste total, cinco equipamentos públicos foram inaugurados pelo governador Ibaneis Rocha. Eles estão localizados no Sol Nascente, Porto Rico (Santa Maria), Itapoã Parque e ainda tem o Cras Móvel.

Em paralelo, o governo executou reformas em vários equipamentos públicos, como Centro Pop Asa Sul, Centro Pop Taguatinga, Cras Paranoá, Cras Brasília, Casa Flor e Serviço de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias (SAIF Areal). Esses equipamentos públicos foram responsáveis por 640 mil atendimentos realizados desde 2019.

 

Por Victor Fuzeira, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader