Projetos exploram os biomas e suas riquezas naturais regionais
A etapa regional da 13ª edição do Circuito de Ciências das escolas públicas do Distrito Federal continua a todo vapor nas 14 Coordenações Regionais de Ensino (CRE). Nesta terça-feira (10), foi a vez de a CRE de Brazlândia receber cerca de 2 mil visitantes entre alunos e a comunidade local no Ginásio Poliesportivo Espelho d’Água para conhecerem os projetos expostos com o tema “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais”.
A etapa regional de Brazlândia contou com a apresentação de 38 projetos criativos e inovadores de 23 escolas, de autoria dos alunos, com a orientação dos professores. Cerca de 190 estudantes estiveram envolvidos diretamente no desenvolvimento de projetos expostos.
A coordenadora da Regional de Brazlândia, Neuseli Rodrigues Alves da Silva, explicou que o objetivo do evento é estimular o interesse pela ciência e pela pesquisa nos estudantes, e principalmente promover as aprendizagens, por meio de projetos criativos, inovadores, utilizando o que eles têm dentro da sua realidade.
“Nós temos participado aqui estudantes da educação infantil ao ensino especial, unidade de internação até o ensino médio. Então, foi um resultado muito positivo. Os projetos são de excelente qualidade e quem ganha com isso, é claro, é o nosso estudante com o desenvolvimento das aprendizagens”, disse.
Projetos
O estudante Heitor da Silva, 12 anos, do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 01 de Brazlândia, participou de um projeto que utiliza o ambiente virtual do jogo Minecraft para monitorar o desmatamento na área da Bacia do Descoberto.
“Para mim a importância desse projeto é mostrar para gerações futuras como é que seria, por exemplo, a Bacia do Descoberto, caso um dia ela seja soterrada, por esse problema da expansão urbanística. A parte mais difícil foi a coleta dos dados e a construção da maquete, e a parte mais legal foi a saída de campo e as pesquisas”, explicou.
O professor de ciências do Heitor, que coordenou o projeto, André Ricasso, explicou que a ideia era escolher uma área de importância arqueológica para a cidade de Brazlândia que pudesse ser mapeada para assim verificar se ela está sendo preservada ou se está acontecendo degradação ambiental. “Demorou uns três meses para coletar todos os dados por uma ferramenta de satélite”, contou.
Em seguida, foi feito um monitoramento com o drone em uma área próxima à base do Descoberto, para poder fazer a comparação dos dados coletados pelo drone com os dados gerados pelo satélite. “Por fim, a gente criou um mapa no Minecraft”, complementou.
Educação infantil
Outro projeto importante do apresentado no Circuito foi coordenado pela professora Ronicleia Maria da Silva Barbosa, do Centro de Educação Infantil (CEI) 03 de Brazlândia. O projeto Pequeno Agricultor, da turma do segundo período do ensino infantil, visou despertar nas crianças o interesse pelo cuidado com o meio ambiente utilizando o milho como objeto de pesquisa.
“São crianças do campo, que já têm essa vivência de plantio e colheita. A ideia central do projeto surgiu em rodinhas mesmo de conversa, da curiosidade de saber de onde vem os grãos, como que a espiga e os milhos se formam. A gente envolveu as famílias, questionamos como as famílias usavam o milho no dia a dia e eles descobriram outras formas de utilização do alimento”, relembrou.
Após a etapa regional, que ocorre entre 23 de agosto e 15 de setembro, as três melhores iniciativas de cada CRE serão selecionadas para a fase distrital em novembro. Uma banca examinadora, composta por especialistas de diversas áreas, avalia os projetos inscritos, selecionando os vencedores em dez categorias distintas, definidas de acordo com as etapas e modalidades de ensino da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF).