Curso profissionalizante gratuito oferecido pelo GDF garante renda e autonomia a pessoas em vulnerabilidade inscritas no CadĂšnico
Mais de 310 alunos iniciaram o curso de capacitação profissional em costura promovido pela Fábrica Social. A iniciativa, do Governo do Distrito Federal (GDF), incentiva a qualificação de pessoas em situação de vulnerabilidade social, criando oportunidades para os capacitados ingressarem no mercado de trabalho e garantirem a autonomia socioeconômica.
Todos os participantes da nova turma da Fábrica Social estão inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e possuem renda familiar per capita de até R$ 200. Ao todo, são mais de 670 alunos ativos no projeto do GDF nas mais diferentes áreas profissionais.
Com 470 máquinas de costura industriais à disposição, os novos alunos da iniciativa são preparados para diversos cenários de atuação e aprendem desde o simples manuseio dos aparatos até a parte de corte, modelagem, bordados e serigrafia. “O curso é bem abrangente, pois a ideia é preparar profissionais completos para o mercado de trabalho”, enfatiza a instrutora Débora Silva dos Santos.
Segundo a professora, durante as aulas, os alunos têm acesso ao verdadeiro potencial do mercado de trabalho da costura. “É um mundo muito abrangente: a pessoa pode trabalhar em casa de forma autônoma, com vestuário, moda pet, entre outros. Esse curso abre muitas oportunidades para quem não tem muitas alternativas de renda e até mesmo tempo”, prossegue.

Uma das novas alunas da Fábrica Social Ă© Elizabeth OsĂłrio, 48. A venezuelana recĂ©m-chegada a BrasĂlia comemora a oportunidade de se qualificar profissionalmente. “Eu tinha um pouquinho de experiĂŞncia, que aprendi em casa com a minha mĂŁe, desde pequenina, mas nada profissional. É uma porta que se abriu para abençoar a minha vida”, diz.
A jovem Micaele Melo, 26, acredita que o aprendizado obtido durante o projeto vai lhe abrir portas no mercado de trabalho. “É uma oportunidade única que estou tendo na minha vida, aprendendo com mestres e mestras da costura. Estou atrás de uma qualificação para estar construindo meus produtos, para entrar no mercado de trabalho e abrir portas para mim”, relata.

Assim como Elizabeth, a paixĂŁo de Micaele pela costura vem de famĂlia. “Tenho sangue de costureira e aos poucos estou me profissionalizando para ser uma designer, ter minha marca e estar no mercado de trabalho bombando. Quem nĂŁo vem está perdendo, Ă© uma oportunidade de aprender, com qualidade, de forma gratuita”, avalia.
Mais informações
Para participar, os interessados devem ser inscritos no Cadastro Ăšnico (CadĂšnico) e ter renda per capita de atĂ© R$ 200. Os alunos recebem uma bolsa de R$ 304, alĂ©m de lanche e auxĂlio-transporte, como ajuda de custo para incentivá-los a nĂŁo desistir do projeto. TambĂ©m há um auxĂlio de produtividade, com um percentual sobre o que produzem apĂłs a fase de instrução.
O curso, de um ano, ocorre de segunda a sexta-feira e é dividido em nove módulos, abrangendo diversas áreas de uma fábrica, incluindo gestão de estoque. Parte dos materiais produzidos é destinada a ações sociais e ao GDF, como os enxovais utilizados na rede pública de saúde.
Além da costura, a Fábrica Social abrange áreas de aprendizado como construção civil, jardinagem e cultivo de alimentos, marcenaria sustentável e instalação e manutenção de sistemas fotovoltaicos.
Por Victor Fuzeira, da AgĂŞncia BrasĂlia | Edição: ĂŤgor Silveira