Tecnologia

Aplicativo criado por estudantes da UnDF é selecionado em competição nacional

Destinado a pessoas com deficiência, o app Inclusa visa trazer acessibilidade a eventos culturais; projeto venceu a etapa estadual do Desafio Liga Jovem

 

Ampliar a acessibilidade e promover a inclusão em ambientes culturais, artísticos e de lazer por meio da integração de recursos tecnológicos que democratizam o acesso a esses espaços. Com esse objetivo em mente, estudantes da Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF) desenvolveram o aplicativo Inclusa.

Arte: UnDF

A ferramenta foi criada pelos alunos Bruno Araújo Sales (Engenharia de Software), Caike Carvalho Rabis (Sistemas de Informação) e Jhony Gomes Ferreira da Silva (Gestão da Tecnologia da Informação), que juntos formam a equipe InclusiArte. Sob a orientação do professor Antonio Augusto Martins Pereira Júnior, o app venceu a etapa estadual da 2ª edição do Desafio Liga Jovem, promovido pelo Sebrae Nacional, na categoria Ensino Superior.

“Nosso projeto é sobre transformar vidas; não se trata apenas de acessibilidade”, destaca Bruno Sales | Fotos: Divulgação/ UnDF

De acordo com os idealizadores, a plataforma centraliza não só os eventos, mas também diversas ferramentas de acessibilidade, como audiodescrição, transcrição de sons/músicas para libras, transcrição de voz para texto, eventos virtuais (museu digital, lives, visitas guiadas), indicadores de acessibilidade da estrutura do local (como rampas ou aceitação de cães-guia, por exemplo), interface 100% adaptável ao tipo de deficiência do usuário e serviços de impressão 3D para replicar obras/esculturas.

“O Inclusa me ajudou a perceber que não é o mundo que transforma as pessoas, mas sim as pessoas que transformam o mundo. Nosso projeto é sobre transformar vidas; não se trata apenas de acessibilidade”, conta Bruno.

Competição

Na seletiva estadual do Desafio Liga Jovem, realizada de forma online em agosto, a equipe InclusiArte teve cinco minutos para apresentar a ideia aos jurados. A avaliação considerou o entendimento do público-alvo, a criatividade e a inovação do projeto, o impacto no dia a dia da comunidade, a sustentabilidade financeira e o protótipo.

A etapa regional da competição ocorrerá entre os dias 8 e 25 de outubro, também no formato online, com a apresentação dos trabalhos para uma nova banca de jurados. O aplicativo Inclusa concorrerá com os projetos vencedores dos estados do Centro-Oeste. Os finalistas participarão presencialmente da etapa nacional, prevista para o mês de dezembro.

“Espero que possamos avançar e representar o DF na etapa nacional com este grande projeto”, afirma Caike Rabis

“O Desafio Liga Jovem está proporcionando um grande aprendizado em diferentes áreas, com ênfase em acessibilidade, um assunto tão importante na sociedade. Espero que, junto com a minha equipe, possamos avançar e representar o Distrito Federal na etapa nacional com este grande projeto”, afirma Caike.

Para o professor Antonio Augusto, o Inclusa traz um verdadeiro arsenal tecnológico em prol da democratização do acesso e da promoção da inclusão em espaços culturais, artísticos e de lazer. “É uma alternativa para a mitigação de dilemas sociais e, por consequência, contribui diretamente para a superação de barreiras que fazem parte do dia a dia das pessoas com deficiência”, avalia.

 

Por Agência Brasília, com informações da UnDF | Edição: Carolina Caraballo