Evento destacou a saúde digital como ferramenta essencial para ampliar acesso à saúde e reduzir desigualdades, oferecendo cuidado especializado, independentemente da localização
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) participou do Encontro Regional de Saúde Digital e Telessaúde, edição Centro-Oeste, realizado na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Brasília. Promovido pelo Ministério da Saúde por meio da Secretaria de Informação e Saúde Digital (Seidigi), o evento reuniu no início de dezembro (3) gestores, profissionais de saúde e acadêmicos para compartilhar boas práticas e fortalecer o conhecimento técnico em saúde digital e telessaúde em todas as regiões do Brasil.
O subsecretário de Planejamento em Saúde da SES-DF, Rodrigo Vidal, apresentou o Cieges (Centro de Inteligência Estratégica para a Gestão Estadual do SUS). Segundo ele, a ferramenta oferece mais de 224 painéis de monitoramento, sendo 84 focados na gestão interna e 140 dedicados à transparência pública.
“O sistema surgiu para resolver desafios críticos, como a fragmentação de dados, dificuldades de integração entre unidades e a necessidade de decisões baseadas em evidências. A plataforma possibilita aos gestores acesso a informações de maneira ágil e eficiente, permitindo a tomada de decisões com mais clareza e segurança”, destacou.
Vidal explicou que a Secretaria de Saúde do DF possui experiência de organização de processos ligados ao monitoramento dos dados da saúde. “A SES-DF possui uma grande capacidade não apenas de armazenamento, mas também de fomentar o monitoramento e a construção de análises”, afirmou.
A secretária da Seidigi do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, destacou o papel experimental do DF para ações que vão ser implementadas a nível nacional e também reconheceu o impacto positivo das iniciativas na transformação digital do SUS. “Os núcleos de telessaúde têm mostrado a força da universidade pública no SUS, cumprindo sua missão de integrar ensino, pesquisa e assistência. Eles são fundamentais para levar cuidado especializado às pessoas, independentemente de sua localização”, ressaltou.
A representante da Opas no Brasil, Socorro Gross, destacou a saúde digital como uma ferramenta essencial para ampliar o acesso à saúde e reduzir desigualdades, especialmente em territórios remotos e nas periferias urbanas. Gross elogiou a criação da Seidigi e seu impacto positivo para o Brasil e as Américas. “O Brasil oferece um exemplo de articulação e manutenção da inovação, fruto de anos de trabalho em colaboração com núcleos universitários e demais parceiros”, concluiu Gross.
Telessaúde
O diretor do Departamento de Saúde Digital e Inovação da Seidigi, Cleinaldo Costa, destacou a adesão de todos os estados e municípios ao programa SUS Digital, evidenciando a abrangência e a relevância da iniciativa para o fortalecimento da saúde pública no Brasil. “É muito gratificante ver que o Brasil inteiro está representado. Todos os mais de 5.560 municípios do país aderiram ao programa, e isso mostra o compromisso de todos com a saúde digital e a telessaúde”, comentou.
Costa também enfatizou a importância do trabalho colaborativo para superar desafios regionais e promover a integração das ações. “Trabalhar em rede e integrar nossos grupos é essencial para que possamos atingir todas as comunidades, especialmente as mais difíceis de acessar. Esse modelo de articulação fortalece o SUS Digital como referência para o país”, completou.
O encontro marcou o encerramento da série de edições regionais realizadas ao longo do ano. Os eventos consolidam-se como espaço de troca de experiências e aprendizados entre gestores, profissionais de saúde, acadêmicos e representantes de diferentes esferas governamentais.
Por Agência Brasília, com informações da SES-DF | Edição: Débora Cronemberger