Estudo revela impacto positivo dos programas de apoio alimentar e reforça a importância de polĂticas pĂşblicas inclusivas
O suplemento Impacto da Raça/Cor na Segurança Alimentar, parte da pesquisa Segurança Alimentar no Distrito Federal: um panorama sociodemográfico, publicado pelo Instituto de Pesquisa e EstatĂstica do Distrito Federal (IPEDF), oferece um olhar aprofundado sobre as influĂŞncias de raça e gĂŞnero nas condições de acesso Ă alimentação no DF. A análise, fundamentada nos dados da Pesquisa Distrital por Amostra de DomicĂlios (Pdad) de 2021 e na Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), apresenta informações essenciais para orientar polĂticas pĂşblicas voltadas Ă equidade e Ă segurança alimentar.
Entre as mulheres negras responsáveis por domicĂlios, 32% enfrentam insegurança alimentar, Ăndice superior ao registrado entre mulheres nĂŁo negras (19%). A diferença tambĂ©m se observa entre homens: 20% dos domicĂlios chefiados por homens negros estĂŁo em situação de insegurança alimentar, comparado a 12% entre homens nĂŁo negros. Esses dados reforçam a existĂŞncia de desigualdades que afetam o acesso a alimentos em quantidade e qualidade adequadas.
O levantamento tambĂ©m destaca a importância dos programas sociais na segurança alimentar, principalmente em lares de mulheres negras. Aproximadamente 32,6% dessas mulheres em situação de insegurança alimentar recebem benefĂcios sociais, enquanto, para as mulheres nĂŁo negras, o Ăndice Ă© de 29,9%. Já no caso dos homens, 14,1% negros e 15,7% dos homens nĂŁo negros nessa situação recebem algum tipo de apoio social.
A análise do IPEDF indica ainda que a informalidade e o desemprego afetam diretamente a segurança alimentar. Entre mulheres negras em insegurança alimentar, 72,4% estĂŁo em empregos informais, taxa prĂłxima Ă das mulheres nĂŁo negras (71,1%) na mesma condição. Para os homens negros, esse Ăndice Ă© de 56%, comparado a 53,8% entre homens nĂŁo negros.
Por AgĂŞncia BrasĂlia, com informações do IPEDF | Edição: Vinicius Nader