Ă preciso acreditar nas vĂtimas e ficar atento Ă qualquer mudança na rotina, como medo excessivo e marcas fĂsicas
âMuitos pais se preocupam com a possĂvel violĂȘncia que os filhos podem sofrer nas ruas, mas Ă s vezes as agressĂ”es acontecem no contexto familiarâdiretor de Proteção Social da Sedes, Felipe Areda
Garantir a proteção integral das crianças Ă© responsabilidade nĂŁo sĂł da famĂlia e do Estado, mas tambĂ©m da sociedade. Por isso, Ă© importante saber identificar quando meninos e meninas estĂŁo passando por alguma situação de agressĂŁo.
O primeiro passo Ă© a denĂșncia, que pode ser feita no Conselho Tutelar de cada regiĂŁo, no Disque 100 ou na Delegacia de Proteção Ă Criança e ao Adolescentes (DPCA) (confira abaixo).
O diretor de Proteção Social da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), Felipe Areda, alerta que é preciso acreditar nas crianças.
âMuitos pais se preocupam com a possĂvel violĂȘncia que os filhos podem sofrer nas ruas, mas Ă s vezes as agressĂ”es acontecem no contexto familiar. Ă importante estar atento a qualquer mudança de rotina, marcas fĂsicas, comportamentos sĂșbitos, medo de falarâ, ressalta.
Areda lembra que por causa da pandemia da covid-19 e com o fechamento das escolas â para evitar a proliferação da doença â, a violĂȘncia contra a criança acaba ficando mais invisĂvel. âEstamos vivendo um momento atĂpico. Sem as aulas presenciais, nĂŁo temos o olhar coletivo. Por isso, Ă© necessĂĄrio ter ainda mais atençãoâ, reforça o diretor.
 Creas

estĂŁo vivendo situaçÔes de violĂȘncia ou violação de direitos
| Foto: AcĂĄcio Pinheiro/AgĂȘncia BrasĂlia
Os dez Centros de ReferĂȘncia Especializado de AssistĂȘncia Social (Creas) sĂŁo unidades pĂșblicas que atendem pessoas e famĂlias que estĂŁo vivendo situaçÔes de violĂȘncia ou violação de direitos. A gerente do Creas de BrasĂlia, Juliana Castro, explica que os locais recepcionam e acolhem os pequenos que precisam de assistĂȘncia.
âChamamos a famĂlia para entender o ponto de vista de todos. Tem gente que nĂŁo percebe que aquela atitude Ă© uma forma de violĂȘncia. Em alguns casos identificamos outra situação de agressĂŁo contra a mĂŁe da criança, por exemploâ, afirma.
âTambĂ©m verificamos se o paciente estĂĄ na escola, se tem acompanhamento de saĂșde. Tudo depende do caso, se terĂĄ necessidade de acionar outros ĂłrgĂŁos. Nosso objetivo Ă© sempre a construção de um plano de intervenção com a famĂlia. Em Ășltimo caso, solicitamos o acolhimento em abrigos pelo Conselho Tutelarâ, finaliza Juliana. Fonte: Ana Luiza Vinhote, Da AgĂȘncia BrasĂlia