Economia

DF terá condições mais competitivas no FCO com inclusão como área prioritária

Alteração feita pelo Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel) equipara a capital com os municípios do Entorno e vai impulsionar o desenvolvimento econômico local, com novos empreendimentos e mais empregos

 

O Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel) aprovou, nesta quarta-feira (4), a programação orçamentária do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) para 2025. A decisão significa uma vitória para o Distrito Federal, que foi classificado como região prioritária, por ser integrante da Região Integrada do Distrito Federal e Entorno (Ride). A proposta aprovada promete impulsionar a atração de indústrias, a geração de empregos e o fortalecimento da economia local.

Até este ano, os empresários do DF enfrentavam condições desfavoráveis em comparação aos municípios goianos integrantes da Ride. Isso incluía taxas de juros mais altas e limites de financiamento menores, o que dificultava a competitividade do DF. Com o reenquadramento na programação, válido a partir de 2025, o cenário será equilibrado, permitindo que os recursos do FCO tenham um impacto ainda mais significativo no desenvolvimento regional.

“Essa alteração é essencial para que o DF possa competir em condições de igualdade com outros integrantes do FCO. Este fundo tem sido um aliado na implantação de novas empresas e também na compra de máquinas e insumos para empresários, comerciantes e produtores rurais. Certamente vai colaborar para que o DF se desenvolva ainda mais, o que é um objetivo claro nosso”, afirma o governador Ibaneis Rocha.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do DF, Thales Mendes, a aprovação da proposta “corrige uma distorção histórica, criando condições iguais para os empreendedores do Distrito Federal. Estamos abrindo as portas para que novas indústrias se instalem no DF, gerando mais empregos e movimentando a economia local.”

No relatório de operações efetivadas no FCO em 2023, foi destaque o marco conquistado pelo DF, pelo qual 100% das operações aprovadas no conselho local foram transformadas em crédito consolidado. Além disso, o Conselho de Financiamento à Atividade Produtiva (Cofap), coordenado por Thales, encerrará o exercício de 2024 sem nenhuma proposta pendente de aprovação. Todas as propostas lançadas no sistema e aptas a julgamento foram analisadas, evidenciando eficiência e agilidade nos processos administrativos.

O secretário destacou o impacto positivo da eficiência no uso dos recursos. “O fato de termos consolidado 100% das operações aprovadas em 2023 e de não deixarmos nenhuma proposta pendente no ano de 2024 mostra o compromisso do GDF com a transparência e a agilidade. Essas conquistas fortalecem a confiança dos empresários no ambiente de negócios do Distrito Federal.”

O orçamento do FCO para 2025 destina R$ 1,121 bilhão ao DF e à Ride. Em 2023, 71% dos recursos destinados ao DF beneficiaram empreendedores de pequeno porte, reforçando o compromisso com a promoção de um crescimento econômico inclusivo.

O presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Jamal Jorge Bittar, afirma que a tipologia que era usada para a classificação do Distrito Federal para a fixação de limites financiáveis do FCO era extremamente prejudicial ao desenvolvimento industrial do DF. “A alteração de tipologia era demanda prioritária do setor e foi apresentada ao governador Ibaneis Rocha pela Fibra na Pauta da Indústria 2023-2026. A mudança é motivo de comemoração para a indústria local, que agora terá o mesmo patamar de competitividade das cidades do Entorno, uma vez que poderão financiar 100% dos investimentos com recursos do FCO.”

Jamal também lembra que a tipologia era um dos fatores que resultava no baixo uso do FCO pelas empresas industriais. “Como o investimento para a montagem ou a modernização de uma indústria é muito alto, o empresário preferia se instalar no Entorno para ter 100% de financiamento por meio do FCO. A equalização de condições abre espaço para novos investimentos no DF de indústrias de vários portes, mas especialmente das médias e grandes, que eram as mais prejudicadas pela antiga fórmula de cálculo”, afirma.

 

Por Agência Brasília, com informações da Sedet-DF | Edição: Vinicius Nader