Economia

Encontro de Piscicultores do DF e Entorno debate desenvolvimento da cadeia produtiva

Evento reuniu produtores, técnicos e autoridades para discutir desafios e soluções para fortalecer a produção de pescado

 

O 18º Encontro de Piscicultores do Distrito Federal e Entorno, promovido pela Emater-DF nesta quarta-feira (27), contou com produtores, técnicos e representantes de órgãos governamentais para discutir as potencialidades, desafios e avanços necessários para o fortalecimento da aquicultura na região. O evento foi realizado na Piscicultura Olimpo, localizada no Núcleo Rural Ponte Alta, no Gama. Em 2023, a produção de pescados no DF foi de mais de 2 mil toneladas.

Na abertura, o coordenador do programa de Aquicultura da Emater-DF, Adalmyr Borges, ressaltou a relevância do encontro para a integração da cadeia produtiva. “Brasília tem um dos maiores consumos per capita de pescado do país, mas ainda enfrentamos desafios como a informalidade e os altos custos de produção. Este evento é um espaço para troca de experiências e para discutirmos soluções conjuntas, como o cooperativismo e a busca por novos canais de comercialização, incluindo compras governamentais voltadas para alimentação escolar”, pontuou.

O encontro também incluiu relatos de casos de sucesso, como o da família de piscicultores do Paranoá, que demonstrou como a organização familiar e o uso de tecnologias podem aumentar a eficiência produtiva. Aécio Borges, gerente da Emater-DF em Ceilândia, contou a história também de sucesso dos produtores Ademir e Sônia Gomes, que trocaram hortaliças pela produção de peixes e hoje são referência.

Cleison Duval, presidente da Emater-DF, reforçou a importância da união para superar obstáculos e aproveitar as oportunidades que o setor oferece. “As oportunidades estão batendo à nossa porta, mas precisamos estar preparados para abraçá-las. É essencial que todos os atores da cadeia produtiva trabalhem juntos, desde o licenciamento ambiental até o apoio técnico e a comercialização. Nossa missão é fazer da piscicultura uma atividade cada vez mais sustentável e rentável no DF”, afirmou.

Guilherme Gonçalves, presidente da Câmara Setorial de Aquicultura e anfitrião do evento, destacou o papel da piscicultura como fonte de renda e desenvolvimento sustentável. “Este encontro é para nós, piscicultores. É um momento de aprendizado e troca, onde fortalecemos nossa rede e planejamos o futuro da aquicultura na região. É uma honra receber todos aqui em nossa piscicultura, que é a realização de um sonho construído com muito trabalho”, declarou.

Durante a visita técnica às instalações da Piscicultura Olimpo, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer práticas inovadoras e sustentáveis na produção de pescado

Durante a visita técnica às instalações da Piscicultura Olimpo, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer práticas inovadoras e sustentáveis na produção de pescado. A programação da tarde incluiu a reunião da Câmara Setorial de Aquicultura do DF, que debateu a inclusão de pescado nas compras institucionais e outros temas estratégicos para o setor.

O presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destacou a parceria entre o órgão e a Emater-DF para superar desafios relacionados ao licenciamento ambiental. “Estamos aqui para colaborar e encontrar soluções que permitam a sustentabilidade da atividade, sem burocracias excessivas. A piscicultura é essencial para o desenvolvimento rural e merece nosso total apoio”, afirmou.

O subsecretário de Pesca da Secretaria de Meio Ambiente (Sema-DF), Edson Pereira, ressaltou a importância de um programa integrado para impulsionar a aquicultura no DF. “O setor precisa de um plano de governo robusto, com parceiros unidos em prol de um projeto que vá além das dificuldades atuais. O potencial da aquicultura no Distrito Federal é imenso, e estamos aqui para transformá-lo em realidade”, disse.

“Sempre acreditei que podemos transformar o Brasil e muito na produção de pescado. A gente precisa colocar a aquicultura no Brasil como propriedade, por isso aceitei esse desafio”, afirmou o diretor nacional de Aquicultura em exercício, Paulo Faria.

 

Por Agência Brasília, com informações da Emater-DF | Edição: Ígor Silveira