Cidadania

GDF reforça endereçamento urbano com instalação de mais de 33,5 mil placas desde o ano passado

Todas as 35 regiões administrativas já foram contempladas com a instalação e manutenção das sinalizações, que leva cidadania e acessibilidade para a população

 

O Governo do Distrito Federal (GDF) segue trabalhando na sinalização das ruas e avenidas de todas as 35 regiões administrativas. A ação é coordenada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), por meio de equipe própria e de contrato com a empresa Sinales, responsável pelo mapeamento, fabricação e fixação das placas. Desde julho do ano passado, quando o contrato foi iniciado, até esta semana, foram instaladas e recuperadas mais de 33,5 mil placas.

“As placas novas são colocadas em locais onde as antigas foram danificadas ou estavam ausentes, seja por batida de carro, queda ou ausência histórica, como em muitos prédios do Plano Piloto que não possuíam sinalização nas extremidades”, diz o diretor de Produção Industrial e Sinalização do DER-DF, Jefferson Oliveira | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília

Deste total, 18 mil sinalizações foram garantidas no ano passado, até dezembro, pela empresa contratada, e mais 1.500 pela equipe própria do DER-DF. Já neste ano, o número de novas sinalizações chega a 14 mil, instaladas pelas duas frentes de atuação. O investimento no contrato é de cerca de R$ 32,3 milhões, com geração estimada de 140 empregos diretos e indiretos.

Todas as regiões administrativas já foram contempladas com as novas sinalizações. O serviço foi concluído no Guará, Gama, Santa Maria, Samambaia, Recanto das Emas, Águas Claras, Água Quente, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Cruzeiro, Paranoá, São Sebastião, Planaltina, Sobradinho, Sobradinho II, entre outras cidades. O esforço segue em andamento na Fercal e no Itapoã, e foi iniciado nesta semana em Taguatinga e em Ceilândia.

O número de novas sinalizações chega a 14 mil neste ano

No Plano Piloto, a manutenção e renovação das placas é promovida pela equipe direta do DER-DF, que também atende demandas registradas na Ouvidoria por moradores e administrações regionais.

“As placas novas são colocadas em locais onde as antigas foram danificadas ou estavam ausentes, seja por batida de carro, queda ou ausência histórica, como em muitos prédios do Plano Piloto que não possuíam sinalização nas extremidades. Nesses casos, fazemos a instalação de placas completamente novas”, explica o diretor de Produção Industrial e Sinalização do DER-DF, Jefferson Oliveira. A manutenção inclui limpeza de pichações, retirada de colagens, pintura no local e substituição de adesivos danificados.

Segundo o diretor, a identificação das regiões promove cidadania, inclusão social e acessibilidade. “A sinalização urbana, especialmente a de endereçamento, vai muito além de um simples mobiliário urbano de estética ou beleza. Está diretamente ligada à mobilidade, à segurança viária e do cidadão, pois facilita a chegada dos serviços de emergência de segurança e saúde”, enfatiza.

Produção e definição das informações

As placas seguem um padrão definido pelo Plano Diretor de Sinalização Urbana do Distrito Federal, obrigatório nas áreas tombadas como o Plano Piloto e o Cruzeiro. “Nas demais regiões administrativas, o uso do plano diretor não é obrigatório, mas adotamos como padrão para manter a uniformidade em todo o DF”, esclarece Oliveira.

“Muitas vezes a pessoa procura o local e não acha, mesmo que tenha o GPS. Com a placa, a pessoa consegue se localizar melhor”, afirma o empresário José Carlos da Costa

O processo na fábrica do DER-DF começa na serralheria, com a montagem da estrutura em aço. Em seguida, as peças passam pela pintura e, paralelamente, a equipe de projeto realiza a diagramação digital dos adesivos, que são então enviados para a plotagem e recorte. Depois, são colados nas estruturas metálicas e, por fim, ocorre a instalação. “A empresa terceirizada segue o mesmo padrão técnico, mas com maior flexibilidade, pois subcontratam diferentes serralherias e prestadores para cada etapa, o que acelera a produção”, afirma Oliveira.

Já a definição dos endereços é realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), que aprova os projetos urbanísticos e, a partir deles, estabelece os endereços oficiais. Para a produção e instalação das sinalizações, o DER-DF segue as informações oficiais indicadas no sistema de georreferenciamento do governo e, em áreas que ainda não foram regularizadas, atua conjuntamente com as administrações regionais.

“Embora alguns desses endereços ainda não sejam oficiais, são aqueles com os quais os moradores se identificam no dia a dia. Assim, a participação das administrações regionais é essencial para levantar informações como nomes de ruas, setores e demais referências que fazem sentido para quem vive na região. O mais importante é que o morador se reconheça naquele endereço, pois isso reflete diretamente em sua cidadania, mobilidade e acesso a serviços públicos”, aponta o diretor.

Cidadania

Nesta terça-feira (20), uma placa da 710 Norte foi trocada pela equipe do DER-DF. O dispositivo antigo estava depredado, com colagens e pichações, e estava torto, prejudicando a leitura de motoristas e pedestres. “Dava a impressão de que a quadra estava abandonada, o que não é verdade. Agora ficou bem melhor, mais bonito, e vai facilitar para os clientes, porque aqui tem muita rotação de pessoas”, afirma a empresária Maria Eduarda Janot, 27 anos, que mantém uma loja na região.

O empresário José Carlos da Costa, 45, acrescenta que a identificação é um fator importante para o movimento econômico. “Muitas vezes a pessoa procura o local e não acha, mesmo que tenha o GPS. Com a placa, a pessoa consegue se localizar melhor, fica mais fácil de chegar nos lugares, principalmente nos comércios”, observa ele.

Participe

O serviço de instalação de placas de endereçamento pode ser solicitado pela população via Ouvidoria, no site do Participa DF, nas administrações regionais e diretamente com o DER-DF. É possível ainda requerer outros serviços, como poda de árvores, recapeamento, recolhimento de inservíveis e também registrar elogios, reclamações e questionamentos.

 

Por Catarina Loiola, Agência Brasília | Edição: Débora Cronemberger