Estrutura montada pela FAB visa reforçar o atendimento aos pacientes diagnosticados com dengue
Com apenas três dias dias desde que foi instituído, o Hospital de Campanha (HCamp), administrado pela Força Aérea Brasileira (FAB), já realizou 3.561 procedimentos aos pacientes diagnosticados com dengue no Distrito Federal (DF). As estruturas foram montadas ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia com o objetivo de desafogar a alta demanda nos hospitais da rede pública de saúde.
O HCamp está dividido em módulos, sendo um de emergência, dois ambulatoriais, um de hidratação e outro exclusivo para exames laboratoriais. As estruturas dispõem de 33 militares das áreas da medicina, enfermagem e farmácia. Os atendimentos ocorrem de forma ininterrupta, 24 horas por dia.
Entre os dias 5 e 7 de fevereiro, o HCamp identificou 29 casos confirmados da dengue. Entre os procedimentos realizados nesses três dias estão triagem, prova de laço, exames laboratoriais e atendimentos médicos.
“A nossa finalidade é atender bem. Mas pedimos a compreensão da população porque tem chegado casos que não são de dengue. Isso dificulta e sobrecarrega o atendimento, porque não é a nossa finalidade. Para situações que não sejam de dengue, pedimos que procurem uma unidade de saúde mais próxima”, afirmou a médica e comandante do HCamp, major Juliana Vandesteen.
Somando todas as estruturas da rede pública de saúde e o HCamp, já são quase 100 mil atendimentos relacionados a dengue desde 1º de janeiro.
O trabalho não para
Até que seja decretado o fim da situação de emergência na saúde pública, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem adotado uma série de medidas no enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti.
Foram instituídas nove tendas de acolhimento nas administrações regionais que, somadas às 176 unidades básicas de saúde (UBSs), servem como porta de entrada para os pacientes com sintomas da doença. Mais 11 novas estruturas deste tipo serão instaladas em outras regiões com alta incidência do mosquito transmissor.
O governo também efetivou a contratação de mais 75 agentes de vigilância ambiental (AVAs) que vistoriam as residências e comércios do DF. Esse trabalho ganhou reforço com o apoio de 247 militares do Exército Brasileiro capacitados para realizarem o mesmo serviço de porta em porta nas regiões críticas da cidade.
Já com relação à fiscalização, a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) intensificou as operações em pontos com potencial de proliferação do Aedes aegypti, como lotes sujos e locais públicos com descarte irregular de resíduos. A pasta prevê, ainda, a compra de 64 câmeras de monitoramento a serem instaladas em pontos de transbordo indicados pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU) para flagrar e inibir ações desta natureza.
Além disso, órgãos de zeladoria promovem diariamente ações integradas pelas regiões do DF, com recolhimento de inservíveis e limpeza de área pública. Já para os pacientes diagnosticados, as unidades básicas de saúde (UBSs) e de pronto atendimento (UPAs) tiveram os horários ampliados.
Thaís Miranda, da Agência Brasília | Edição: Débora Cronemberger