Cidadania Segurança

Moradores são treinados para deixar áreas próximas a reservatórios em caso de perigo

Caesb e Defesa Civil realizaram, neste domingo (22), exercício simulado de evacuação de produtores rurais que moram próximo à Barragem do Descoberto

 

Moradores ribeirinhos do Distrito Federal estão sendo treinados para deixar suas casas em segurança caso tenham que enfrentar situações de catástrofe, como transbordamento de rios e barragens. Mais um treinamento foi realizado na manhã deste domingo (22), envolvendo produtores rurais que vivem próximos à Barragem do Rio Descoberto, principal fonte de abastecimento de água do DF. Após quase duas horas de treinamento, o exercício simulado foi considerado bem-sucedido pelos organizadores da operação: a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros.

Os exercícios simulados também estão programados para ocorrer em outras áreas, como a região das Barragens de Santa Maria e do Paranoá | Foto: Marco Peixoto/ Caesb

A direção da Caesb explicou que a Barragem do Descoberto não corre risco de rompimento ou vazamento, especialmente porque, nesta época, o nível do reservatório está mais baixo. Ainda assim, é preciso que os moradores sejam treinados e preparados para enfrentar situações reais de perigo e, assim, salvar suas próprias vidas. Os chamados exercícios simulados de evacuação em Zona de Autossalvamento (ZAS) também estão programados para ocorrer em outras áreas, como a região das Barragens de Santa Maria e do Paranoá.

Evacuação

A primeira etapa do exercício simulado consiste em convidar os moradores a participar do treinamento, o que é feito com bastante antecedência pela Caesb e pela Defesa Civil. O convite é feito por meio de carro de som e em visitas de casa em casa. O morador que aceita participar é cadastrado e recebe uma cartilha contendo orientações sobre como deixar a área em caso de evacuação emergencial.

No dia programado, o exercício começa com o disparo de uma sirene, dando o aviso de alerta para a evacuação dos moradores. No simulado deste domingo, a sirene foi acionada às 9h. Ao ouvir o aviso, os moradores começaram a sair de suas casas, seguiram as placas indicativas das rotas de fuga e chegaram aos pontos de resgate, onde as equipes da Defesa Civil, munidas de equipamentos para socorro emergencial, os aguardavam.

Iniciativa aprovada

Durante o treinamento, verifica-se se o alarme é ouvido por todos os moradores da área da operação; confere-se o tempo gasto no deslocamento dos moradores até os pontos de resgate; e avaliam-se eventuais problemas que possam prejudicar a evacuação segura. Tudo ocorreu conforme o planejado, segundo o major Orlando Desidério, gerente de proteção comunitária da área oeste da Defesa Civil e comandante da operação.

“O simulado atendeu às expectativas. Permitiu verificar se a sirene é audível para todos e especificar qual é o tempo de resposta do socorro dos bombeiros até o local de atendimento à população. A comunidade está ciente dos conceitos”, relatou o major Desidério. O treinamento foi concluído às 10h30.

Os moradores aprovaram a experiência. “Hoje entendemos na prática como devemos agir em caso de emergência. Os técnicos da Caesb e da Defesa Civil nos orientaram sobre como devemos proceder”, declarou o agricultor Paulo Rosa, 51 anos, dos quais 46 foram vividos nas proximidades da Barragem do Descoberto, onde cria gado e cultiva milho e quiabo.

Agora, já sabendo como agir em situações emergenciais, Paulo diz que será um multiplicador dos conhecimentos que adquiriu no treinamento, repassando o que aprendeu a outros moradores que não puderam participar do simulado.

O presidente da Caesb também gostou do resultado. “O mais importante é preservar, proteger e salvar vidas”, afirmou Luís Antônio Reis. “Com esses treinamentos, a Caesb reafirma o compromisso de garantir a segurança de todos os moradores que vivem próximos aos nossos reservatórios. Estamos priorizando as pessoas, sem deixar de verificar, constantemente, a estrutura física dos reservatórios para não sermos surpreendidos por algum incidente”.

Por Agência Brasília, com informações da | Edição: Carolina Caraballo