Educação

Mulheres são destaque no Circuito de Ciências em Santa Maria

Alguns dos projetos apresentados promovem o protagonismo feminino nas ciências

 

Nesta quinta-feira (26), foi a vez de a Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Santa Maria promover a etapa regional do 13º Circuito de Ciências da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF). Foram expostos os 30 melhores projetos científicos, selecionados entre as feiras de ciências locais, promovidas por todas as 30 escolas públicas da cidade.

Foi estimada a presença de mais de 1.500 visitantes, entre expositores, alunos das escolas da rede e da Escola Técnica de Santa Maria, onde o evento foi promovido. O tema “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais” traz propostas criativas, que visam solucionar demandas ambientais da comunidade local.

Claudinei Formiga Cabral, coordenador da Regional de Ensino de Santa Maria, ressaltou a importância do evento para promover as ciências com os alunos e as alunas da região. “Sou professor de ciências e acredito que o país só consegue se desenvolver se tivermos a ciência à frente, que é um dos pilares do progresso. E a nossa Regional está incentivando ao máximo que nossos alunos e alunas consigam resolver problemas através da ciência”, informou Claudinei.

Para o coordenador, a cada ano que passa as escolas estão se superando na qualidade dos projetos apresentados. “Estamos evoluindo e cada vez mais o nosso intuito é que esse espaço fique pequeno, que a gente possa promover o circuito em dois dias consecutivos, para abarcar todos os projetos e escolas visitantes”, prevê o gestor.

Protagonismo feminino

Se o engajamento de todos os estudantes da regional de Santa Maria nos projetos de iniciação científica é crescente, destaca-se entre eles a participação de meninas na ciência. A etapa regional contou com três estandes convidados que apresentaram justamente o engajamento das mulheres nas ciências de forma geral.

Projeto ‘A Voz da Ana’ é fruto de parceria com a UnB que visa despertar o interesse de meninas pelas ciências exatas

“Esse ano tivemos projetos convidados, que a Universidade de Brasília trouxe em parceria com as escolas da Regional, que fazem com que realmente a menina mostre o seu protagonismo. Na minha opinião, as mulheres estão à frente dos melhores projetos”, opinou Claudinei.

O professor de ciências do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 213 de Santa Maria, William de Araújo, explicou como funciona essa parceria com o projeto da Universidade de Brasília (UnB). “Esse projeto nasce justamente da defasagem de mulheres nas ciências. Foi observada a dificuldade delas ingressarem e se manterem nesses cursos, e o projeto Meninas e Mulheres no Instituto de Ciências Exatas (M²ICE) traz meninas para o mundo da matemática, da robótica, da estatística entre outras áreas”, disse William.

Projetos

Um dos projetos convidados foi o “Alice no país dos mosquitos – lutando contra a dengue”, do CEF 213. As alunas desenvolveram um livro e um jogo, utilizando a linguagem de programação em blocos, para conscientizar os alunos da escola na diminuição dos focos de água parada em Santa Maria.

Estante do Parque Nacional de Brasília teve foco na prevenção de incêndios florestais

Outro projeto é o “A Voz da Ana”, desenvolvido pelas alunas com o uso do programa “Scratch” em conjunto com a placa de computação “Makemake”. As estudantes desenvolveram uma caixa robótica para auxiliar a comunicação de uma colega que tem paralisia cerebral. Agora Ana digita em um “tablet” e a caixinha fala por ela, conseguindo participar mais ativamente das atividades escolares.

Parque Nacional

O Circuito de Ciências de Santa Maria contou ainda com a participação de um estande do Parque Nacional de Brasília. Marcelo Cordeiro, organizador do estande, explicou que trouxe informações do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) e da Área de Proteção Ambiental (APA), com foco na prevenção de incêndios florestais.

“Nós aqui do Parque estamos divulgando nosso projeto de educação ambiental nas escolas. O Parque promove cursos para professores multiplicadores, com o certificado de conhecimentos técnicos, que depois podem agendar visitas de campo ao parque com seus alunos”, contou Marcelo.

 

Por Agência Brasília, com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal | Edição: Ígor Silveira