Cidadania Saúde

Pacientes do Centro Especializado em Doenças Infecciosas ganham mais privacidade e segurança

Secretaria de Saúde apresentou reformas no Cedin a representantes do MPDFT

 

A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, apresentou a representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e da sociedade civil as reformas realizadas na sede do Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin). “A Secretaria de Saúde está engajada nesta linha de cuidado e trabalhamos para ofertar o serviço com privacidade e segurança, além de promover um tratamento individualizado”, afirmou a gestora, em evento realizado sexta-feira (12).

Os serviços estão sendo realizados no terceiro andar do prédio, localizado na Asa Sul. O objetivo é proporcionar aos pacientes um acolhimento discreto, com fácil acesso aos 30 consultórios, incluindo sete recém-instalados, e demais espaços do Cedin. Também houve reformas na farmácia e no laboratório. O Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA) agora conta com cinco consultórios e quatro salas de coleta de exames. No mesmo prédio, funciona também o Ambulatório Trans, com seis consultórios. Haverá, ainda, reformas no auditório e nas áreas administrativas.

O objetivo da reforma é proporcionar aos pacientes um acolhimento discreto, com fácil acesso aos 30 consultórios e demais espaços do Cedin | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Somente entre janeiro e maio deste ano, o Cedin realizou mais de 17 mil atendimentos, de consultas a entrega de medicamentos. Cerca de 70% dos pacientes com HIV em tratamento no DF recebem suas medicações no local. A carteira de serviços inclui, ainda, profilaxia pré-exposição (PrEP) e profilaxia pós-exposição (PEP) do HIV, ambulatório de ginecologia, ambulatório de pediatria para crianças expostas ao HIV e acolhimento a pacientes com tuberculose, hanseníase, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) complexas, entre outros serviços.

Diálogo com a sociedade

O ativista de direitos humanos Michel Platini ressaltou a importância dessas unidades da Secretaria de Saúde e do encontro com a gestão da pasta. “O SUS [Sistema Único de Saúde] já preconiza esse diálogo entre a sociedade e os gestores, e hoje ele está sendo materializado aqui”, afirmou.

Para o usuário do SUS Hae de Lima, que faz parte do Conselho de Saúde do DF, a valorização dessa linha de cuidados é de alto impacto na sociedade. “Esse espaço é importante para a população LGBTQIA+ e também para a população em geral”, acrescentou.

A promotora de justiça do Núcleo de Direitos Humanos do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Adalgiza de Medeiros, também sublinhou a relevância do diálogo: “A Secretaria de Saúde se mostrou muito receptiva no sentido de atender às demandas colocadas primeiramente pela sociedade civil”.

Um compromisso firmado entre a secretária de Saúde e os representantes do MPDFT e da sociedade civil foi o de ampliar as ações de comunicação tanto a respeito dos cuidados necessários para evitar a transmissão das ISTs quanto para combater o estigma de pacientes, especialmente das pessoas que vivem com o vírus HIV.

Linha de cuidados

 

Por Agência Brasília, com informações da Secretaria de Saúde | Edição: Vinicius Nader