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Palestra sobre ética e integridade abre Semana de Combate à Corrupção da CGDF

A palestrante Lúcia Helena Galvão avaliou como atuar na prevenção à corrupção a partir do olhar sobre o comportamento humano

 

A Semana da CGDF de Combate à Corrupção, organizada pela Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF), começou com uma palestra da filósofa, escritora, poetisa e professora Lúcia Helena Galvão. O evento foi realizado nesta terça-feira (3), na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e reuniu mais de 300 pessoas. A filósofa abordou o tema: “Como atuar na prevenção à corrupção a partir do olhar sobre o comportamento humano?”.

Lúcia Helena dissertou sobre a prevenção e o combate à corrupção a começar pelo comportamento humano, destacando a importância de compreender os fatores psicológicos, sociais e culturais que influenciam as decisões. “Temos que questionar as raízes, as origens da corrupção, onde ela nasce, dentre as atitudes do cotidiano, para que cada um possa se tornar um combatente contra à corrupção. Para isso, é preciso solidez e atitude moral”, relatou.

“O combate à corrupção não é apenas sobre cobrar mudanças nos outros, mas sobre transformar a si mesmo. É sobre exercer a ética no dia a dia, nas pequenas decisões que tomamos”, afirma o controlador-geral do Distrito Federal, Daniel Lima, que reafirmou o papel proativo da CGDF na administração pública.

“A Controladoria-Geral do DF tem realizado entregas que demonstram uma atuação focada em prevenção e controle social. Estamos mostrando para a população onde há trabalho da CGDF, por meio da campanha publicitária ‘Contém Trabalho da CG’. Por que contém? Porque não basta a CGDF fomentar ações se os órgãos não abraçarem. Tudo só é possível porque o GDF tem tido um dos melhores governos já tidos no DF”, ressaltou.

A presidente do Fundo Distrital de Combate à Corrupção (FDCC) e subprocuradora-geral do DF, Izabela Frota Melo, enfatizou a relevância do debate sobre o tema. “Os recursos do Fundo são utilizados para a prevenção da corrupção, para evitar fraudes e atos de desvios éticos. A melhor forma de investir esse dinheiro é na capacitação e na educação da sociedade e, no nosso caso, das servidoras e servidores públicos.” O FDCC foi patrocinador do evento.

O presidente da Rede de Controle da Gestão Pública do DF, Hamilton Ribeiro, destacou o trabalho realizado pelos órgãos que, em conjunto, buscam atuar para a melhoria da administração pública e, por consequência, no combate a desvios e mau uso do dinheiro público. “A escolha de uma palestrante com expertise em filosofia e ética aplicada reforça a intenção de ir além dos controles formais, abordando também a mudança de mentalidade e conscientização dos servidores. Tudo no sentido de contribuir para que todos nós, pelos instrumentos que dispomos, expressemos o nosso melhor”, finalizou.

Palestra

A palestrante Lúcia Helena Galvão fez uma análise sobre a ética coercitiva e a ética por convicção, levando o público a refletir sobre várias situações e questões relacionadas. Segundo Lúcia Helena, o desafio é transformar uma sociedade que não valoriza a ética em uma que a pratique. Ela provocou o público a pensar sobre a corrupção, questionando se esta seria uma possibilidade diante de uma oportunidade e como cada indivíduo agiria em tais situações.

Para Lúcia Helena, a corrupção equivale à própria morte social, pois nossas ações refletem na coletividade, podendo prejudicar ou contribuir para a vida de todos. No que diz respeito aos desafios organizacionais, a filósofa destacou a importância de treinar líderes que inspirem e motivem, ressaltando que o ambiente organizacional pode ser transformador, seja para o bem ou para o mal.

 

Por Agência Brasília, com informações da CGDF | Edição: Débora Cronemberger