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Magu Cartabranca – Uma Lenda Do Rock Da Capital

Com quase cinquenta anos de carreira, artista recorda momentos de sua trajetória e fala da nova fase em carreira solo e com músicas autorais

 

Fortalecer e reinserir Brasília como capital do rock no país. Esse é um dos objetivos do músico Magu Cartabranca, que há 46 anos agita o cenário musical da capital do país. Em entrevista à Revista Antenados, conta com carinho as histórias da era de ouro do ritmo, da qual participou ativamente. Atualmente, desenvolve trabalhos autorais e, no mês de setembro, fará parte do Concerto Canta Gavião. Magu Cartabranca é, indiscutivelmente, um dos grandes artistas do Distrito Federal. Confira o bate-papo.

Como começou sua história com a música?

Tudo começou em 1977. Éramos eu e mais dois amigos. Apesar de novos, resolvemos agitar a cidade. Começamos com uma equipe de som. Eu tinha muitos LPs de rock, fizemos várias festas de arromba, mas nós queríamos agitar mais e montamos uma banda chamada Sepultura, uma das primeiras bandas de rock do DF. Tocamos no mesmo palco com Aborto Elétrico, Renato Russo, a galera do Capital Inicial, Plebe Rude, enfim, fizemos parte da Era de Ouro do Rock Nacional. Gravamos dois LPs: “A verdadeira Sepultura”, que teve a participação do maior produtor musical, Tom Capone e “Instrumental Project”.

As pessoas confundem a banda Sepultura com a de Minas. Como foi esse período?

Uma galera de Belo Horizonte estourou no exterior com uma banda que tinha o mesmo nome que a nossa. Após uma briga na justiça, decretamos o fim da Sepultura de Brasília.

Além de músico, você também é escritor, certo?

Após a Sepultura, eu me dediquei à literatura e lancei três livros de sucesso: “O Cantor e o Som Imaginário”, com prefácio do jornalista Alexandre Garcia; “O Anjo”, novela e filosofias; e “Os Dez Olhos do Homem”, com prefácio do jornalista Carlos Chagas.

Como foi o retorno à música?

Eu me juntei a Rogério Águas e aos ex-Capital Inicial, Loro Jones e Murilo Lima. Fizemos vários shows. Com a saída do Loro, eu, Rogério e Murilo criamos a banda RockBrasília. Hoje, o desafio é fortalecer a cena e recuperar o título de Brasília como a capital do rock. Estou feliz porque a cena musical em Brasília, principalmente no Entorno e nas cidades satélites, está crescendo e recebendo o apoio da Secretaria de Cultura do DF. A única coisa que falta é a divulgação.

O que o público pode esperar?

Estou em carreira solo com um trabalho de músicas autorais. Fui convidado a participar do Concerto Canta Gavião, dias 16 e 17 setembro. Menos de dois meses se passaram e já temos reconhecimento dos produtores musicais de Brasília.