Parceria Entre Sedes E Saúde Orienta Profissionais E Acolhidos Sobre Procedimentos De Higienização Nas Unidades Socioassistenciais
Orientar os moradores em situação de rua sobre como deve ser feita a higienização das mãos, das roupas e os cuidados para evitar o contágio pelo novo coronavírus. Essa é uma das atividades que é realizada nas unidades de acolhimento da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), com o apoio das equipes do Consultório na Rua, para reforçar a prevenção contra a disseminação da Covid-19. E faz parte da parceria entre a Sedes e a Secretaria de Saúde para garantir atendimento médico nas unidades socioassistenciais do DF.
“Estava com alguns problemas com os acolhidos em relação à higiene. Por isso, perdi à equipe do Consultório na Rua que viesse dar uma palestra na unidade, falar sobre a Covid-19. Quando é a equipe de saúde falando, é diferenciado. Tinha um deles isolado com sintomas. Os profissionais fizeram um teste para ver se ele realmente estava com novo coronavírus. Eles ensinam a importância do uso da máscara, do álcool em gel. Foi bem proveitosa a visita”, relata a gerente da Unidade de Acolhimento para Adultos e Famílias (Unaf) Areal, Marcia Caetano Vasconcelos, que recentemente recebeu os profissionais para reforçar as medidas de prevenção da Covid-19 dentro da unidade.
“O retorno foi muito bom, os acolhidos tiraram dúvidas e aceitaram bem as orientações”, comemora Márcia Caetano. O Consultório na Rua é uma modalidade de equipe Saúde da Família que funciona na Secretaria de Saúde do DF e em outros estados implementada pelo Ministério da Saúde para atendimento específico às pessoas em situação de rua.
A equipe é composta por um médico, um assistente social, um psicólogo, um enfermeiro e um técnico de enfermagem. Mas nem sempre a equipe completa está presente em todas as ações. Diretora de Serviços de Acolhimento da Sedes, Daura Meneses explica que, neste momento de pandemia, o trabalho do Consultório na Rua também contribui no planejamento das medidas de prevenção dentro dos abrigos.
O retorno foi muito bom, os acolhidos tiraram dúvidas e aceitaram bem as orientaçõesMárcia Caetano, gerente da Unidade de Acolhimento do Areal
“Eles conversam tanto com os profissionais em serviço, quanto com os usuários acolhidos sobre procedimentos de higienização e o que nós podemos adotar dentro da unidade para evitar contaminação”, destaca. “É importante porque nós também conseguimos tirar dúvidas em relação a alguns procedimentos. Assim podemos planejar melhor as nossas ações dentro da unidade com a orientação de profissionais de saúde”.
Consultório na Rua
No Distrito Federal, as equipes fazem atendimento nos abrigos, na Unidade Básica de Saúde (UBS) e na rua com ações coordenadas entre os principais envolvidos com essa população (Saúde, Assistência Social e Sociedade Civil), na garantia de um cuidado integral e proteção da saúde.
Segundo a gerência de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável e Programas Especiais da Secretária de Saúde, as equipes atendem os abrigos e os alojamentos temporários pelo menos uma vez por semana, onde identificam os casos sintomáticos e suspeita para Covid-19 e passam as orientações necessárias. Quanto aos casos sintomáticos: os testes são coletados na própria unidade de acolhimento ou na UBS mais próxima e o usuário vai para um alojamento do tipo isolamento e só é liberado após resultado do teste.
Além dos atendimentos de enfrentamento à pandemia, são realizados atendimentos clínicos, renovação de receitas de medicamento de uso continuado e atendimento psicossocial.
Orientação dos profissionais da assistência social
Médico de Família e Comunidade, Jorge Lima é um dos integrantes da equipe do Consultório na Rua que atende a região central de Brasília. Para ele, o fato de os moradores em situação de rua estarem acolhidos nos alojamentos temporários deu a eles mais condições de manter a higiene e respeitar as medidas de prevenção contra a Covid-19.
“A adesão foi alta, tivemos poucos conflitos. Ao contrário do que se vê nos abrigamentos normalmente”, conta se referindo ao trabalho que é feito no alojamento do Autódromo Nelson Piquet. A equipe atuou, principalmente, com a orientação dos próprios trabalhadores do alojamento que lidam com a população em situação de rua.
A adesão foi alta, tivemos poucos conflitos. Ao contrário do que se vê nos abrigamentos normalmenteJorge Lima, médico de família e comunicade
De acordo com a Secretaria de Saúde, no caso dos alojamentos temporários da Sedes, a equipe de Consultório na Rua que atende Ceilândia vai à unidade instalada no estacionamento do Estádio Maria de Lourdes Abadia (Abadião) todas as quartas e quintas-feiras. Já a equipe do Plano Piloto atende o alojamento do Autódromo toda terça-feira.
Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social