Interessados têm até terça-feira (6) para se manifestar on-line e participar da reunião inicial do curso de capacitação para o serviço
Estão abertas as inscrições para os interessados em participar do Família Acolhedora. O serviço foi criado para evitar que crianças de zero a seis anos de idade, que tiveram direitos violados quando estavam com as famílias de origem, sejam encaminhadas para abrigos e percam o convívio familiar. São crianças que estão em medida protetiva de afastamento familiar. A ação é uma parceria da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) com a Promotoria de Justiça do Distrito Federal, a Vara de Proteção da Infância e da Juventude e o Grupo Aconchego, organização da sociedade civil responsável pela execução do serviço no DF.
Os interessados devem fazer a inscrição aqui. A próxima reunião inicial do curso de capacitação para os inscritos, promovida pelo Grupo Aconchego, está marcada para a próxima terça-feira (6). São seis encontros on-line de duas horas, às terças feiras, das 19h30 às 21h30. O link de acesso é enviado para o celular das famílias cadastradas.
“Neste primeiro encontro, vamos explicar o funcionamento do serviço, apresentar a proposta de curso de capacitação e tirar as principais dúvidas”, Julia Salvani, coordenadora técnica do Família Acolhedora no DF
Segundo ela, para participar da Família Acolhedora, o representante do grupo familiar deve apresentar os seguintes pré-requisitos: “Ser maior de idade, não ter antecedente criminal, residir no DF há pelo menos dois anos, não estar inscrito no Cadastro Nacional de Adoção, apresentar comprovante de renda, não ter condição de saúde mental que impacte no cuidado com a criança, e ter disponibilidade afetiva. Além disso, todos os integrantes da família tem que estar de acordo com a participação no programa”, reforça Julia Salvani.
A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, reitera que os futuros pais acolhedores terão que proporcionar um lar temporário a crianças em situação de vulnerabilidade, onde elas possam ser cuidadas com afeto e segurança até terem condições de voltar a morar com a família de origem.
“Todas as configurações familiares são aceitas: podem participar, por exemplo, casais héteros e homoafetivos, com ou sem filhos e até mesmo pessoas solteiras. O importante é ter disponibilidade emocional e uma rede de apoio para cuidar da criança, sem a intenção de adotar. Porque o objetivo do serviço é que a criança tenha condições de ser reintegrada à família de origem, que também é acompanhada nesse período”, ressalta a gestora.
O serviço garante uma ajuda de custo aos pais acolhedores, pago pelo Governo do Distrito Federal, para arcar com as despesas do acolhido.
Após a inscrição, as famílias entregam as documentações, passam por entrevista e por um curso de capacitação. As famílias acolhedoras são selecionadas, capacitadas e acompanhadas pela equipe técnica do Serviço de Acolhimento, que vão assegurar a integridade da criança. Também é realizado um estudo psicossocial feito pelo Grupo Aconchego.
As etapas vão avaliar as motivações, disposição, desejo e habilidades do núcleo familiar para acolher. Durante o período em que durar a medida, a família biológica do acolhido vai ser acompanhada por especialistas que darão o aval para o retorno da criança ao lar de origem.
Atualmente, 36 famílias estão habilitadas a dar a meninos e meninas na primeira infância a oportunidade de se manterem em um núcleo familiar até a reintegração à família de origem.
*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social