Instituição voltada para a saúde mental de adolescentes completa 22 anos neste mês
Autoridades do GDF visitaram nesta quinta-feira (8) as dependências do Adolescentro, instituição que cuida especialmente da saúde mental de adolescentes com algum tipo de distúrbio ou transtorno mental. Com acompanhamento multidisciplinar de pacientes – assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras e odontologistas, entre outros profissionais –, o Adolescentro completa 22 anos de atividades neste mês de outubro.
O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, e a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, acompanharam os serviços desenvolvidos pela unidade de saúde. Os gestores conheceram os consultórios das diferentes especialidades, os locais de trabalho em grupo e a área de acolhimento.
“As mães que hoje veem os filhos se automutilando dentro de casa, ou que não estão se alimentando, elas estão preocupadas, mas não sabem onde recorrer para ter essa ajuda”Mayara Noronha Rocha, secretaria de Desenvolvimento Social
Enquanto andavam pelos corredores, os chefes das pastas conversaram com alguns pacientes, como uma jovem que está em tratamento na unidade há cerca de um ano. A paciente enfatizou que hoje “não podia estar melhor” e disse gostar muito de todos os profissionais do local, respondendo às perguntas de Okumoto e Mayara.
Ela afirmou que, com a pandemia de Covid-19, ela tem observado um certo “descontrole emocional na sociedade”. Neste sentido, Mayara destacou a importância do serviço prestado pelo Adolescentro para as populações vulneráveis ou menos favorecidas economicamente.
A secretária demonstrou ainda preocupação com a situação das mães diante dos transtornos apresentados pelos filhos. “As mães que hoje veem os filhos se automutilando dentro de casa, ou que não estão se alimentando, elas estão preocupadas, mas não sabem onde recorrer para ter essa ajuda”, exemplificou Mayara.
Em resposta, a gerente da unidade, Ana Paula Tuyama, informou que o Adolescentro atende o público de todo o Distrito Federal, na faixa etária de 12 a 18 anos, com qualquer tipo de distúrbio mental e até vítimas de abuso sexual. Dentre os transtornos tratados pelos profissionais que atuam no local estão ansiedade, depressão, automutilação, transtorno bipolar, toque, autismo ou dificuldade de relacionamento, entre outros.
“Estamos com o acolhimento aberto, é só procurar de 7h às 12h, e das 13h às 18h. A gente faz uma entrevista inicial e o paciente já é encaminhado para os programas. Temos diversos grupos, que neste momento estão parados devido à pandemia, e diversas formas de atendimento que a gente adequa àquela necessidade”, explica a gestora local.
Além do acolhimento aos adolescentes, também é oferecido no local atendimento a familiares, tanto em grupo quanto individualmente. “Precisamos dar ajuda suficiente, profissional, para que esses adolescentes possam se recuperar”, afirmou o secretário de Saúde, ressaltando o trabalho de qualidade realizado pelos servidores no Adolescrentro.
Com informações da Secretaria de Saúde