Cidadania

Exporta Games DF incentiva internacionalização das empresas brasilienses

Evento realizado no PlanetÔrio contou com exposição de jogos, bate-papo, palestras e atividades interativas

O potencial de crescimento do setor de jogos eletrÓnicos na capital federal foi tema de debate no Exporta Games DF: Rompendo Fronteiras no Universo dos Jogos e Tecnologia. O evento ocorreu nesta segunda-feira (4) no PlanetÔrio de Brasília, e reuniu estudantes, empresÔrios e jovens empreendedores da Ôrea, além de representantes das embaixadas da Venezuela e de El Salvador. A programação contou com exposição de jogos, rodadas de bate-papo, palestras e atividades interativas.

O Exporta Games DF foi promovido pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal (Secti-DF) e pela Federação do Comércio do DF (Fecomércio-DF), em parceria com Serviço Social do Comércio  (Sesc-DF), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-DF), Câmara de Economia Criativa da Fecomércio-DF, Secretaria de Relações Internacionais (Serinter-DF) e Associação de Desenvolvedores de Jogos EletrÓnicos do Distrito Federal (Abring-DF).

Setor em expansão

ā€œTemos discutido muito BrasĆ­lia como capital dos jogos eletrĆ“nicos sob a perspectiva do esporte, mas fundamentalmente sob a perspectiva de desenvolvimentoā€, defendeu o secretĆ”rio de Tecnologia e Inovação, Leonardo Reisman. ā€œSabemos que essa indĆŗstria Ć© a maior no mundo hoje; ela Ć© maior do que mĆŗsica, maior do que cinema, e pretendemos ter vĆ”rias dessas empresas desenvolvendo, publicando, comercializando esses jogos no Distrito Federal e vendendo tambĆ©m para fora do paĆ­s.ā€

Para o secretĆ”rio de RelaƧƵes Internacionais, Paco Brito, o evento proporcionou conexƵes de trabalho que devem gerar frutos econĆ“micos e mostrou ao pĆŗblico a iconicidade do planetĆ”rio. ā€œO Exporta Games DF Ć© uma oportunidade de conexĆ£o entre o comĆ©rcio, os jovens e os embaixadores, que viram o que o Distrito Federal tem a oferecer para esses paĆ­ses; e como uma uniĆ£o de inteligĆŖnciasā€, disse. ā€œTambĆ©m Ć© importante para trazer de volta o nosso planetĆ”rio ao circuito cultural do DF, uma verdadeira obra-prima que merece ser visitada por toda a população e pelas embaixadasā€.

O presidente da Abring-DF, Igor Rashid, lembrou que o ramo de games estĆ” em expansĆ£o: ā€œO setor tem apresentado crescimento notĆ”vel a cada ano. Em 2014, o Brasil contava com 133 apenas com empresas em todo o território nacional. Hoje jĆ” sĆ£o mais de 1.000 empresas brasileiras. De 2021 para 2022, o DF passou de R$ 7,7 milhƵes de faturamento para mais de R$ 8,5 milhƵesā€. Rashid Ć© desenvolvedor de jogos hĆ” mais de 10 anos.

O Exporta Games DF faz parte do Inspira BrasĆ­lia, iniciativa de divulgação e incentivo de produtos, serviƧos, atraƧƵes e eventos que representam a diversidade econĆ“mica e cultural do DF. O projeto segue atĆ© o dia 10. ā€œBrasĆ­lia Ć© uma cidade que inspira a economia criativaā€, ressaltou o vice-presidente da FecomĆ©rcio-DF, LuĆ­s OtĆ”vio Neves. ā€œTemos grandes talentos na cidade que podem mostrar para o mundo a nossa capacidade de tornar ideias e criaƧƵes em produtos a serem vendidos no mundo todoā€.

Imersão

Desenvolvedores de jogos do DF puderam expor suas ideias e produƧƵes para os visitantes. Um deles foi JoĆ£o Vitor FalcĆ£o, 25, que criou o jogo Cat City. ā€œĆ‰ uma história sobre os sonhos, um jogo feito para o pĆŗblico adolescente, principalmente a galera que estĆ” saindo do ensino mĆ©dio e descobrindo como vai viver da vidaā€, conta ele, que acompanha o setor desde 2010.

ā€œPrecisamos movimentar mais a nossa indĆŗstria para que tenhamos mais pessoas desenvolvendo no paĆ­sā€, avaliouĀ  o jovem. ā€œTemos tantas pessoas criativas que querem criar algo! Com mais investimento, os sonhos das pessoas finalmente podem vir a acontecer.ā€

Para o pĆŗblico, o encontro tambĆ©m foi um sucesso. ā€œSempre estamos de olho em eventos assim para acompanhar o mercado, saber o que estĆ” acontecendo e como podemos nos conectarā€, disse o estudante Thiago Oliveira, 23. ā€œĆ‰ um networking muito interessante, em que podemos conhecer os principais desenvolvedores daquiā€, complementou JĆŗlia Webster, 25. ā€œE eventos assim mostram que o BrasilĀ  estĆ” disposto a inovar mais na Ć”rea de tecnologiaā€.

Catarina Loiola, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto