Cinquenta vagas abertas em unidade no Guará reforçam o serviço de acolhimento no DF
Um dos entraves no acolhimento institucional a pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade, geralmente, é separar as famílias acolhidas, pois mulheres, crianças e homens precisam ir para unidades diferentes, que vão atender às suas peculiaridades. A partir deste 4 de abril, Domingo de Páscoa, o Distrito Federal inova e abre sua primeira casa de passagem voltada a famílias.
“Por conta dos laços sentimentais, da proteção e da convivência, muitas famílias optavam em seguir nas ruas a serem separadas”, explica a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “Repensamos essa questão e chegamos a ideia de que seria necessário um espaço específico para preservar e viabilizar que essa família continue junta”, complementa.
Com o objetivo de integrar essas pessoas à sociedade cada vez mais, a unidade instalada no Guará, tem o objetivo de oferecer um ambiente familiar e fraterno a seus moradores. A inclusão dessas pessoas na casa segue o fluxo normal do acolhimento, via uma central de vagas da própria secretaria e por meio das equipes especializadas em abordagem social de rua.
Essa é a terceira casa de passagem aberta neste ano. Taguatinga e Planaltina também receberam uma. Cada uma com capacidade para 50 pessoas. No caso dessas, porém, voltadas exclusivamente ao público masculino. Segundo a Sedes, outras unidades serão abertas ainda neste primeiro semestre, com a meta de chegar a mais de 600 vagas de acolhimento institucional.
“Pedimos que a comunidade local receba e acolha essas unidades e cada uma dessas pessoas”. Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social.
“Estamos falando de mulheres, crianças e homens que já sofreram tanta coisa na vida e que, atualmente, precisam de um teto fraterno e seguro para que possam alcançar a autonomia em suas vidas”, finaliza a gestora a secretária.
A gestão da casa fica a cargo do Instituto Tocar, que já é parceiro da secretaria em outras ações sociais. “Viemos com a experiência de 20 anos nesse tipo de trabalho, além do acolhimento realizado no Alojamento Provisório do Autódromo. Implantar uma unidade assim é uma forma de promover o protagonismo familiar”, conta a presidente do instituto, Regina Almeida.
*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social